Folha de S. Paulo
Justiça barra 317 candidatos a prefeito que têm ficha suja
Os TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) barraram até agora a candidatura a prefeito de 317 políticos com base na Lei da Ficha Limpa, mostra levantamento da Folha nos 26 Estados do país. O número deve aumentar, já que em 16 tribunais ainda há casos a serem julgados. Entre os fichas-sujas, 53 estão no Estado de São Paulo.
Na divisão por partido, o PSDB é o que possui a maior “bancada” de barrados, com 56 candidatos -o equivalente a 3,5% dos tucanos que disputam uma prefeitura. O PMDB vem logo atrás (49). O PT aparece na oitava posição, com 18, 1% do total de seus postulantes a prefeito.
Todos os candidatos barrados pelos tribunais regionais podem recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A presidente do tribunal, Cármen Lúcia, já disse que não será possível julgar todos os casos antes das eleições, mas sim até o final do ano, antes da diplomação dos eleitos.
Atrasos equivalem a mais de duas sessões
O atraso acumulado de início das sessões de julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) já passa de dez horas, o equivalente ao horário útil de duas sessões e meia. A impontualidade consumiu cerca de 12% do julgamento. Desde o início, as sessões têm começado com atraso médio de 31 minutos, segundo a Folha apurou.
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PublicidadeAs sessões estavam marcadas para começar sempre às 14h -o horário foi anunciado no “Diário da Justiça” do dia 27 de junho-, mas já houve dia em que isso ocorreu às 14h48. Nenhum dos encontros começou no horário.
O atraso ocorre porque o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, seguindo uma tradição do tribunal, aguarda a chegada de todos os ministros antes de entrar no plenário e dar início aos trabalhos. Os juízes ficam reunidos numa sala atrás do plenário. Mas, se um ministro não chega, ninguém entra. Os retardatários não são revelados à imprensa porque não há acesso à sala.
Serra leva mensalão ao horário eleitoral para atacar Haddad
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, levou o julgamento do mensalão ao horário eleitoral gratuito. Foi a primeira vez que o tucano apareceu na TV falando sobre o caso.
Mesmo sem citar diretamente o PT ou o candidato da sigla na eleição paulistana, Fernando Haddad, a fala sobre o mensalão foi um ataque ao rival e uma tentativa de atrair eleitores antipetistas da capital que optaram por Celso Russomanno (PRB).
Serra escolheu o Dia da Independência para tratar do caso e usou um discurso sobre “honra” e “caráter” na política. “Não adianta dizer que faz o bem agindo mal”, disse o candidato.
Pastores pedem voto para Russomanno durante pregação
Pastores da Assembleia de Deus – Ministério de Santo Amaro transformaram um culto de aniversário de seu presidente, pastor Marcos Galdino, ontem à noite, em um ato da campanha de Celso Russomanno à Prefeitura.
Os pregadores pediram que cada fiel consiga cem votos para o candidato do PRB, que teve seu número de urna divulgado no púlpito.
“Eu quero pedir um presente pra vocês. Levem o nome do Celso Russomanno para mais cem pessoas. Vocês têm família, parentes, pessoas onde vocês trabalham. Temos uma meta a ser alcançada”, disse o pastor Galdino.
Quem cuida da saúde pública
O próximo prefeito de São Paulo herdará um sistema de saúde avaliado como o principal problema da cidade por paulistanos e terá o desafio de definir o futuro das parcerias com entidades privadas.
Hoje, seis em cada dez unidades de saúde não são administradas diretamente pela prefeitura da cidade, acusada pelo TCM (Tribunal de Contas do Município) de falhar na fiscalização das verbas repassadas.
A prefeitura usa dois tipos de parceria: convênios, desde 2001, e contratos com OSs (Organizações Sociais), que começou em 2007 e virou a estratégia de Gilberto Kassab (PSD) para expandir a rede.
Em 2011, as OSs receberam R$ 1,1 bilhão -o maior gasto municipal com serviços terceirizados, segundo o TCM. Com a verba, seria possível erguer 11 hospitais -Kassab prometeu construir três, que não foram feitos.
Dilma não repetirá o ritmo de Lula, analisa economista
O Brasil está fadado a ter crescimento medíocre no governo Dilma Rousseff, porque o modelo econômico dos últimos anos está esgotado. Esse é o argumento do economista Samuel Pessôa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, no artigo “O contrato social da redemocratização e seus limites”, publicado na revista “Interesse Nacional”.
No momento em que se debate se a desaceleração da economia é conjuntural ou estrutural -o PIB cresceu menos de 1% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período de 2011-, o artigo gerou discussão nos meios econômicos.
Emprego dá ressaca a Obama após festa
O número de empregos criados em agosto nos EUA foi bem menor que o de julho e ficou abaixo das expectativas do governo, reforçando a pressão sobre o banco central americano, o Federal Reserve (Fed), para promover mais políticas de estímulo. Para analistas políticos, o dado desanimador influenciou o tom sóbrio do discurso do presidente Barack Obama na convenção do Partido Democrata anteontem.
Foram criadas 96 mil vagas em agosto, contra 141 mil em julho. O governo esperava cerca de 125 mil. Ainda assim, a taxa de desemprego caiu de 8,3% para 8,1% em agosto. O número não foi comemorado.
O Estado de S. Paulo
Contra Haddad, Serra leva mensalão a propaganda de TV
Pela primeira vez o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, mencionou o caso do julgamento do mensalão no horário eleitoral na TV. Sem citar diretamente o PT, o tucano afirmou que “não adianta dizer que faz o bem, agindo mal”. “Eu falo isso porque São Paulo e o Brasil estão vendo o STF julgar o mensalão, mandando pra cadeia um jeito nefasto, maléfico de fazer política”, disse o tucano.
O processo do mensalão está em julgamento no Supremo Tribunal Federal desde o início do agosto. Ex-dirigentes petistas estão entre os réus do caso, considerado o maior escândalo político do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Serra é apoiado por um dos envolvidos no esquema. Valdemar Costa Neto é deputado pelo PR, partido que faz parte da coligação do tucano na disputa municipal. O tema mensalão já havia sido abordado indiretamente pela campanha de Serra no rádio, quando o projeto de criar o Bilhete Único Mensal proposto pelo candidato petista à Prefeitura, Fernando Haddad, foi chamado de “bilhete mensaleiro”.
Com a presença de candidato, pastores pedem voto para Russomanno em culto
Pastores da Assembleia de Deus Ministério em Santo Amaro pediram voto na noite de ontem para o candidato do PRB à Prefeitura, Celso Russomanno, durante um culto na igreja da zona sul paulistana. Até o número de Russomanno, que estava presente, foi citado. A legislação proíbe campanha dentro de templos religiosos – considerados bens públicos. A multa varia de R$ 2 mil a R$ 8 mil.
Conforme o Estado revelou ontem, a Assembleia de Deus Ministério em Santo Amaro estabeleceu uma meta a seus 500 pastores: cada um deve conseguir ao menos cem votos para Russomanno. A meta foi lembrada durante culto de ontem, uma comemoração do aniversário de 57 anos do presidente da igreja, pastor Marcos Galdino. O Ministério da Assembleia de Deus planeja distribuir 1,2 milhão de cartas em prol do candidato do PRB.
Presidente é ‘blindada’ para evitar protesto de grevistas
A forte blindagem da presidente Dilma Rousseff foi uma das marcas, ontem, do desfile da Independência, na Esplanada dos Ministérios. O esquema foi cuidadosamente montado para impedir que ela fosse vaiada ou que faixas de protesto pudessem ser vistas por ela. O temor era principalmente que, neste 7 de Setembro, funcionários da Polícia Federal e da Receita Federal, ainda estão em greve, chegassem perto do palanque presidencial, como ocorreu no ano passado.
Desde a madrugada, seguranças da Presidência guardavam as arquibancadas montadas para o desfile, particularmente as mais próximas ao palanque. As vaias, no final do desfile, só foram para o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), quando seu nome foi anunciado. “Que vaias? Não ouvi”, disse.
Tapumes foram alinhados em toda a extensão da Esplanada, para que os protestos, que normalmente ocorrem na pista contrária ao desfile, não pudessem ser percebidos. Comandada pelo Gabinete de Segurança Institucional, a blindagem impediu que a população ficasse perto dos palanques – ocupados, em sua maioria, por servidores do Palácio do Planalto e seus familiares. Dilma Rousseff chegou cedo ao local, em carro aberto, e às 9h13, o início do desfile foi autorizado. O neto Gabriel, de quase dois anos, levado pelos pais, Paula e Rafael, desta vez ficou pouco tempo e não foi tomado ao colo pela presidente.
Remédio anticrise de Dilma reduz verba de cidades pequenas e ameaça reeleições
Obras paradas, salários de servidores e pagamentos de fornecedores atrasados, reeleição colocada em xeque. O prefeito da cidade do interior paulista Pirapora do Bom Jesus, José Carlos Alves (PT), o Bananinha, atribui os problemas à queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios, causada pela política de renúncia fiscal adotada pelo governo federal para estimular a economia. Essa estratégia reduziu a arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – que representa, ao lado do Imposto de Renda, a fonte de recursos do fundo.
Ou seja, o “remédio” usado pela presidente Dilma Rousseff para lidar com a estagnação da economia tem se mostrado mais do que amargo para boa parte das prefeituras. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, quem mais sente os efeitos da redução do FPM são as cidades com menos de 20 mil habitantes – como Pirapora do Bom Jesus. Trata-se da maioria dos municípios brasileiros, 75% deles, segundo o IBGE. A entidade estima que 74,7% dos municípios tenham dificuldades em fechar suas contas.
PT e PSDB dividem o favoritismo no ‘clube do 2º turno
Nos 71 municípios com mais de 200 mil eleitores onde já foram realizadas pesquisas de intenção de voto, PSDB e PT são os partidos com mais candidatos favoritos nas disputas pelas prefeituras. Nessas cidades, cujo tamanho do eleitorado permite a realização de dois turnos, há 17 tucanos e 16 petistas em primeiro lugar.
Em distantes terceiro e quarto lugar, com nove e sete favoritos, respectivamente, PMDB e PSB vêm a seguir no ranking. O PSDB e o PT se distanciam dos demais em número de líderes, mas há um certo equilíbrio quando se leva em conta o tamanho do eleitorado que cada partido governaria no “clube do segundo turno”, caso as eleições fossem hoje.
O PMDB, da mesma forma que o PSDB, está na frente em cidades que concentram 16% do eleitorado desse universo de 71 cidades. PT e PSB também aparecem empatados, com 13%. Ainda há 12 cidades com mais de 200 mil eleitores onde não foram realizados levantamentos de intenção de voto.
Pacote chinês de US$ 150 bi dá ânimo à economia
O governo chinês aprovou um pacote de 60 projetos de infraestrutura, avaliados em mais de US$ 150 bilhões, o que, para analistas, dá esperanças de que a economia do país, que tem puxado o crescimento mundial, volte a apresentar tendência de alta no quarto trimestre. O anúncio chega em momento delicado. Amanhã serão divulgados novos dados que devem confirmar a desaceleração da economia local pelo sétimo trimestre consecutivo. O anúncio fez saltar os preços das commodities minerais e das ações de empresas ligadas à mineração, como a brasileira Vale. Nos EUA, o emprego desacelerou sensivelmente em agosto, fato utilizado pelo candidato republicano Mitt Romney para tentar desqualificar o discurso de Barack Obama no dia seguinte da convenção democrata.
Acima da média
A redução das tarifas de energia elétrica, anunciada anteontem por Dilma, tirou o Brasil do topo do ranking, mas o preço ainda está acima da média mundial.
Redução do IPI dificulta reeleição
A redução do IPI, medida contra a crise, impacta Fundo de Participação dos Municípios e dificulta campanha da situação em cidades dependentes da verba.
Desafio São Paulo
O bairro da Pompeia, na zona oeste, é um exemplo do problema crônico das enchentes na cidade, gargalo a ser enfrentado pelo próximo prefeito.
O Globo
STF já prevê mensalão até novembro
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão preocupados com o ritmo de julgamento do processo do mensalão. Temem que ele só seja concluído após a aposentadoria do presidente da Corte, Ayres Britto, em 17 de novembro. Com exceção do relator, Joaquim Barbosa, e do revisor, Ricardo Lewandowski, os ministros já se convenceram da necessidade de diminuir o tempo de seus votos, e têm levado no máximo duas horas para se pronunciar sobre cada capítulo.
Alguns integrantes do STF reclamam que Lewandowski deveria encurtar suas intervenções, especialmente em temas nos quais concorda com o relator.
— Quem não pode resumir aqui é o relator. O revisor, só se for para divergir. Se for para acompanhar o relator, deveria resumir. Não tenho mais esperança de término do julgamento em outubro. Quando houve essa mudança de concepção (sobre o tamanho dos votos dos ministros), imaginei que terminaria no final de setembro. Mas, hoje, já receio que o ministro Ayres Britto não será o presidente na proclamação do veredicto — disse Marco Aurélio Mello.
Joaquim Barbosa é o ‘justiceiro’ do mensalão nas redes sociais
O mensalão está nas redes sociais – e virou até piada – como forma de manifestar a torcida pela punição aos culpados. O relator, ministro Joaquim Barbosa, se transformou na personificação de quem levará políticos para a cadeia.
Desde que começou o julgamento, circulam na internet mensagens de apoio e defesa ao ministro. São os “memes”, imagens distribuídas e compartilhadas pelos usuários que sintetizam uma ideia. Nessas imagens, Barbosa é colocado como herói, justiceiro e exemplo para o país. São exaltadas a raça do ministro e a trajetória que ele percorreu até chegar ao cargo, tendo ingressado no curso de Direito sem depender de cotas.
– A ideia do meme é justamente comunicar uma ideia, às vezes complexa, de forma muito rápida e sintética. Esse tipo de comunicação é muito eficaz. E sim, muitos memes acabam formando a opinião de quem tem contato com eles – avalia o professor Ronaldo Lemos, fundador e diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas.
Crise da indústria não afeta emprego
A indústria amarga uma queda de produção de 3,7% este ano e, mesmo assim, não demite. Em julho, o emprego industrial cresceu 0,2%. Segundo analistas, os custos altos para demissão, a dificuldade de encontrar mão de obra qualificada e a expectativa de que a economia volte a crescer levam os empresários a segurarem seus trabalhadores. Mas este compasso de espera tem data para acabar: em média, segundo a Fiesp, a indústria espera nove meses antes de demitir. Se a economia não reagir, em 2013 o desemprego volta a crescer, preveem analistas.
Dia de desfile e protestos
O governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), foi vaiado no 7 de Setembro ao subir ao palanque ao lado da presidente Dilma, que foi aplaudida. Na Marcha Contra a Corrupção, manifestantes criticaram o mensalão e Lula. O presidente do Supremo, Ayres Britto, estava no palanque. Duas manifestantes do Femen ficaram nuas e foram presas.
Desalento com desemprego ameaça reeleição de Obama
Os novos números do mercado de trabalho nos EUA impediram o presidente Barack Obama de aproveitar o tradicional impulso que as convenções dão às candidaturas. O desemprego ficou acima de 8% pelo 43º mês seguido, e a criação de vagas foi menor do que o esperado. O republicano Mitt Romney ironizou: “Depois da festa, vem a ressaca.”
Mensalão é tema de Serra e Haddad
Após mais de um mês de julgamento, o escândalo do mensalão virou tema de campanha em São Paulo. O tucano José Serra mencionou o caso na TV e fez críticas ao PT. O petista Fernando Haddad reagiu acusando Serra de baixar o nível da campanha.
Correio Braziliense
Cerco ao juro dos cartões de crédito
Depois de forçar bancos a oferecer empréstimo mais barato, o governo resolveu comprar briga também com as operadoras de cartões. Enquanto a taxa básica da economia está em 7,5% ao ano, essas empresas cobram, em média, inacreditáveis 10,5% ao mês.
Congresso sem margem para ampliar reajuste a servidores
Em entrevista ao Correio, o presidente da Comissão mista de Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), avisa que não há recursos para negociação de aumentos maiores para funcionários do Executivo.
Desemprego pega Obama no contrapé
Relatório com números abaixo da expectativa ofusca euforia democrata com convenção encerrada na madrugada de ontem. Romney fala em “ressaca”. Obama pede paciência a americanos.
Festa e protesto
No Dia da Independência, o brasiliense aplaudiu Dilma, a Esquadrilha da Fumaça e a parada militar. Mas nem tudo foi celebração. Duas ativistas com os seios de fora pediram o fim da exploração sexual. Manifestações contra a corrupção também tiveram vez na Esplanada.
A beleza vale R$ 50 bilhões
O Brasil será o segundo mercado mundial de cosméticos, atrás apenas dos EUA. Consumidoras como Edilene estão gastando mais.
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