Segundo as investigações, Pascowitch repassou valores de recursos desviados da Petrobras a várias empresas, por meio de sua empresa, a Jamp Engenheiros. A Jamp, de acordo com o lobista, efetuou contratos simulados com a Consist Software, que, a mando de Vaccari, efetuou contratos com a editora 247 Ltda. A suspeita da PF é que esses contratos também foram simulados para o recebimento de propina.
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O acerto, conforme depoimento de Pascowitch, ocorreu durante reunião entre o fundador do site, o jornalista Leonardo Attuch e o lobista. Na ocasião, Vaccari sugeriu o fechamento de um contrato anual entre a editora e a Consist. Foram realizados dois pagamentos da Consist no valor de R$ 30 mil cada e outros dois pagamentos, por solicitação do jornalista, que totalizaram R$ 120 mil, de acordo com os investigadores.
“Na reunião entre o declarante [Milton PAscowitch] e Leonardo ficou claro que não haveria qualquer prestação de serviço mas que era uma operação para dar legalidade ao ‘apoio’ que o Partido dos Trabalhadores dava ao blog mantido por Leonardo”, descreve um trecho do depoimento do lobista aos investigadores da Operação Lava Jato.
“Considerando que a Jamp era, como afirma seu próprio titular, empresa dedicada à lavagem de dinheiro e repasse de propinas, parece improvável que o conteúdo do documento em questão seja ideologicamente verdadeiro, pois difícil vislumbrar qual seria o interesse de empresa da espécie em anunciar publicidade ou patrocinar matérias em jornal digital”, aponta o juiz Sérgio Moro no despacho judicial.
O Congresso em Foco enviou mensagem ao Brasil 247 para comentar a suspeita levantada pelos investigadores. Também procurou em três números o jornalista Leonardo Attuch. Mas não houve retorno até o momento. O espaço continua aberto para que a empresa apresente seus esclarecimentos.