O Distrito Federal registrou o primeiro bebê nascido com microcefalia relacionada ao zika virus em 2016. O caso foi confirmado pela Secretaria de Saúde após realização de extensa bateria de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, submetidos a um comitê multiprofissional. A criança nasceu em outubro em Samambaia, cidade a cerca de 20 quilômetros do centro de Brasília. Ela está sendo acompanhada pelo Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), pelo Centro de Saúde da Asa Norte e pelo Hospital Sarah Kubitscheck.
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“No processo de investigação epidemiológica constatou-se a presença do zika vírus na corrente sanguínea da criança, comprovando a contaminação intrauterina. Além disso, a mãe relatou um quadro febril, com tosse e erupções cutâneas (exantemas) por aproximadamente quatro dias no primeiro trimestre da gravidez e declarou não ter se ausentado no DF durante todo o período da gestação”, esclarece Rodrigo Miranda, gerente de Epidemiologia de Campo da Subsecretaria de Vigilância à Saúde.
Desde novembro de 2015, houve avaliação de 65 casos suspeitos, mas apenas três foram relacionados ao zika vírus, dos quais dois contraídos fora do Distrito Federal.
Apesar da grande repercussão dos casos de microcefalia vinculados ao zika vírus, essa patologia pode ser ocasionada por diversos outros agentes, como por exemplo a sífilis e a toxoplasmose. No DF são registrados, anualmente, entre seis e dez casos da doença.
Gravidez e Zika
Em abril, no Hospital Regional de Samambaia, uma gestante que havia contraído zika teve a gravidez interrompida no segundo trimestre. Na época, houve suspeita de que a morte do feto tinha ligação com a microcefalia, mas exames confirmaram que a causa da morte foi por complicações decorrentes do quadro hipertensivo apresentado pela mãe. Este caso, portanto, não é contabilizado como relativo ao zika vírus.
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