O procurador e coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, não vai ao Congresso Nacional para prestar esclarecimentos sobre as mensagens divulgadas pelo site The Intercept, como já fizeram o ministro Sergio Moro e o jornalista Glenn Greenwald. Em ofício enviado na tarde desta segunda-feira (8), nas vésperas da audiência pública marcada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, Dallagnol se disse impossibilitado de atender ao convite dos deputados por preferir concentrar suas manifestações na esfera técnica.
> Datafolha: 58% acham conversas de Moro com procuradores inadequadas
“Recebi o ofício agora há pouco”, revela o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Helder Salomão (PT-ES), que se preparava para ouvir Dallagnol às 10h desta terça-feira (9). “É um sinal muito ruim que o procurador dá, porque ele foi envolvido nas mensagens”, comenta Salomão.
Leia também
Ainda segundo o deputado, apesar de o convite ter sido aprovado por unanimidade na Comissão de Direitos Humanos e Minorias há quase dez dias, o procurador vinha postergando a data da ida à Câmara desde então. Nesta segunda, além de rejeitar o convite para esta terça, ele não se mostrou disponível, nem sugeriu nenhuma outra data para a audiência. “Ele simplesmente disse que não virá. É lamentável negar um convite para prestar esclarecimentos em uma comissão permanente que já ouviu todos os outros atores envolvidos”, afirma Salomão, lembrando que esta era uma oportunidade para o procurador apresentar sua versão sobre os diálogos divulgados pelo The Intercept.
“Se não tem nada a temer, por que ele não comparece? Se ele tem certeza de que não praticou nenhum ato ilícito, seria uma oportunidade de dizer. Ao recusar, ele está, na verdade, demonstrando para o povo brasileiro que não quer responder as perguntas que seriam feitas pelos deputados”, critica o presidente da comissão, reforçando que Dallagnol deve explicações à sociedade porque os “fatos divulgados são gravíssimos”.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara vai aproveitar o tempo reservado para a audiência com Dallagnol nesta terça, então, para avaliar o que será feito a partir de agora em relação a esse assunto. O presidente lembra, por sua vez, que procuradores não podem ser convocados por uma comissão permanente.
PublicidadeOfício
O Congresso em Foco teve acesso ao ofício enviado à Comissão de Direitos Humanos e Minorias por Deltan Dallagnol nesta segunda-feira. No documento, o coordenador da Lava-Jato afirma que, embora agradeça o convite e “tenha sincero respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso Nacional”, acredita ser importante concentrar na esfera técnica suas manifestações sobre “mensagens de origem criminosa, cuja veracidade e autenticidade” não reconhece e que “vêm sendo usadas para atacar a Operação Lava Jato”.
O procurador alega que tem por “função constitucional desempenhar trabalho de natureza técnica perante o Judiciário, outro poder, situação distinta daquela de agentes públicos vinculados ao Poder Executivo”. “Esse trabalho técnico consiste em investigar fatos e buscar a aplicação da lei penal de modo eficiente e justo, de acordo com a Constituição e com as leis, atividade funcional sujeita à apreciação do Poder Judiciário”, acrescenta Dallagnol.
> Moro vai se afastar do governo por cinco dias na semana que vem
Esperem a apuração da Polícia Federal sobre esse crime e aí terão todas as respostas!
Meu apoio ao Procurador. Não é razoável q uma autoridade como ele, de livre e espontânea vontade, compareça num ANTRO daqueles (perdão pela generalização) para se submeter a impropriedades. Por último, até de ladrão chingaram o Ministro Moro … Quase morro de vergonha ao presenciar a balbúrdia promovida pelos “inquiridores”, cada qual mais desqualificado q o outro.
Além do mais, sou contra essas “apurações” feitas por Parlamentares. Se se dedicasse a legislar com seriedade já estava do bom tamanho. Melhor q requeressem investigações à Polícia e pronto.
Além do mais, convenhamos, as “excelências”, se é q deveriam apurar alguma coisa, q comessassem apurando a publicação de supostos diálogos entre autoridades, os quais foram obtidos de forma criminosa e sem nenhuma perícia prévia… Mas, peraí, a PF já está investigando isso. Então, por qual motivo os deputados querem também “investigar”? Já sei: querem é fazer balbúrdia mesmo.
Parabéns ao Procurador Deltan Dallagnol. Não tem que dar satisfação a um bando de bandidos vagabundos não!
Alguém com autoridade para tal, tem que dar um basta nesses vagabundos, bandidos, cafajestes, canalhas.
Eu lembro cada coisa..Pq não chamaram o Marcio Tomás Bastos pra fazerem pergunta qdo ele aliviava para o lull@? Estranho esse pessoal convocar agora…
politicos é a corrupçao no Brasil!!! dos que vão questionar, tem, algum que preste??? tem algum que nao tenha o rabo preso????como pode procurador, ministro de excelente escopo , responder e dar satisfaçoes a criminosos, que ainda nao foram presos???è falta de vergoha!!!! será que nao tem o que fazerem???São muns cretinos, pois nao conhecem leis, aliás estão ali para tentar segurar os cargos, pressionando a lava-jato….mais de 1/3 está envolvida na lava jato….os demis estão com processos diversos….nao sobra 50!!!! por isto está tão difícil para governar este Brasil!!! Fechar definitivamente o congresso, seria o ideal!!! um governo militar é o que necessitamos!!!! a hora está chegando!!!! corja de vadios, vermes desprezíveis…sem-vergonhas
Faz muito bem em não ir, não é uma entrevista, é uma acusação dos criminosos da lava jato que irão somente ofender sua integridade que tanto fez para livrar o Brasil da corrupçãp.