Sofrendo com protestos desde que se declarou favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) recebeu a solidariedade dos colegas na sessão dessa terça-feira (4). Nesta semana, cartazes apócrifos chamando Cristovam de “vovô golpista” foram colados em Brasília, na região da escola das netas do senador.
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ter orgulho do colega e definiu Cristovam como um dos melhores quadros políticos do país. Renan disse que o Senado deve repelir qualquer manifestação de violência e intolerância contra qualquer senador. “São poucos os políticos do Brasil com a estatura e com rol de serviços prestados ao país como o senador Cristovam Buarque”, declarou o peemedebista.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que votou contra o impeachment de Dilma, também saiu em defesa de Cristovam e lamentou a intolerância com a divergência de pensamento. O senador Reguffe (sem partido-DF) definiu Cristovam como um homem honesto e íntegro. Ele disse que é triste o momento em que as pessoas são agredidas por causa de uma opinião. Para Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), a honra de Cristovam é inatacável, por isso houve a tentativa de atingir algo muito precioso, que é a família e, no caso, as netas. “Procuraram atingir o que há de mais sagrado no coração do senador. Quem é avô sabe o que isso significa”, lamentou Garibaldi.
Cristovam agradeceu o apoio dos colegas “em nome das duas netas” e disse que a manifestação de tolerância dos senadores é uma amostra do modo de como deve ser feita a política. Ele ainda manifestou solidariedade a outros senadores também vítimas de hostilidades. “Precisamos de tolerância, para todos os lados”, pediu o senador.
O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) lamentou o ocorrido e informou que também foi agredido, no aeroporto de Aracaju (SE), por ter votado a favor do impeachment. No mês passado, Cristovam foi hostilizado por estudantes e professores que participavam de uma audiência pública no Senado. O objetivo do encontro era discutir o tema “liberdade de expressão na sala de aula”, mas o debate foi suspenso pelo senador após contínua manifestação do público, que o chamou de “golpista”.
A senadora Regina Sousa (PT-PI) também expressou solidariedade ao senador e lembrou que ela própria foi vítima de ataques. A senadora contou que, ao discursar no dia da votação do impeachment, a jornalista Joyce Hasselmann fez uma transmissão online da sessão, chamando-a de “semianalfabeta e cretina”. Regina Sousa informou ao Plenário que vai tomar medidas judiciais contra a jornalista.
Com informações da Agência Senado
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