O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou em reunião nesta quarta-feira (14) a governadores eleitos e reeleitos que, às vezes, é necessário adotar “medidas que são um pouco amargas” para evitar o agravamento da crise no país. Ele não detalhou quais medidas são essas, mas disse serem para evitar a transformação do Brasil em uma Grécia. As informações foram divulgadas pela Agência Brasil.
No Fórum de Governadores eleitos, em Brasília, Bolsonaro lembrou que as reformas têm de passar pelo Congresso e pediu a compreensão dos participantes. O militar da reserva destacou as potencialidades do país, como a riqueza mineral, a biodiversidade, o agronegócio e o turismo. “Não teremos outra oportunidade de mudar o Brasil. Nós temos que dar certo. Não teremos uma outra oportunidade pela frente. Temos que trabalhar unidos e irmanados nesse propósito.
Bolsonaro propôs um pacto para buscar solucionar os problemas e contribuir com a administração das dificuldades. O presidente eleito frisou que o acordo será negociado “independentemente de partido [político]. A partir deste momento não existe mais partido, nosso partido é o Brasil”, disse, sob aplausos.As reivindicações dos estados serão reunidas em uma carta a ser analisada por Bolsonaro e sua equipe.
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Baixo quórum
Segundo a assessoria do governador eleito Ibaneis Rocha, participam do encontro o vice-governador reeleito da Bahia, João Leão, e os seguintes governadores:
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Antônio Denarium (RR) | Ratinho Júnior (PR) |
Comandante Moisés (SC) | Reinaldo Azambuja (MS) |
Coronel Marcos Rocha (RO) | Renato Casagrande (ES) |
Eduardo Leite (RS) | Romeu Zema (MG) |
Gladson Cameli (AC) | Ronaldo Caiado (GO) |
Helder Barbalho (PA) | Waldez Góes (AP) |
Ibaneis Rocha (DF) | Wellington Dias (PI) |
João Doria (SP) | Wilson Lima (AM) |
Mauro Carlesse (TO) | Wilson Witzel (RJ) |
Mauro Mendonça (MT) |
Bolsonaro deve se reunir na próxima quarta-feira (21) com os nove governadores eleitos e reeleitos do Nordeste, em Brasília. A informação é do governador reeleito do Piauí, Wellington Dias (PT), único da região a participar da reunião desta quarta-feira (14).
Não compareceram ao encontro os governadores eleitos e reeleitos da Bahia, Rui Costa (PT); do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); do Ceará, Camilo Santana (PT); do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); da Paraíba, João Azevêdo (PSB); Sergipe, Belevaldo Chagas (PSD) e de Alagoas, Renan Filho (MDB).
O governador reeleito da Bahia, Rui Costa (PT), que está em Israel, enviou seu vice, João Leão (PP), para o fórum em Brasília. Para Wellington Dias, houve incompatibilidade de agendas entre os governadores e o presidente eleito, daí as ausências.
Apesar das ausências, os governadores da região entregaram uma carta a Bolsonaro, que foi entregue pelo petista.Entre as demandas citadas pelos governadores do Nordeste na carta estão a crise hídrica, a segurança pública e investimentos em Ciência e Tecnologia. Leia a íntegra do documento.
Ao chegar à reunião, o petista se apresentou como representante do Fórum de Governadores do Nordeste e adiantou que o grupo quer conversar com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, para tratar de uma agenda comum da região.
Anfitrião do encontro, o governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também disse que houve um desencontro de agendas. “Sei que cada um tem seus problemas, o Renan Filho [governador reeleito de Alagoas], por exemplo, está em viagem e nos comunicou, mas não tem nada de retaliação. Acho que todos querem se integrar a esse novo modelo de administração.”
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