Este ano, em meio à pandemia do coronavírus, as centrais sindicais organizaram comemorações virtuais do dia do trabalhador, celebrado neste 1º de maio. O evento reuniu no palanque virtual figuras de diferentes campos ideológicos, como os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a ex-senadora Marina Silva (Rede-AC), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
A Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas, ligada ao PSTU e ao Psol, também fez um ato nesta sexta. Alternativo ao evento das principais centrais sindicais, o CSP Conlutas fez uma live pedindo a saída de Jair Bolsonaro da Presidência da República e uma “quarentena geral”. Veja o vídeo no final do texto.
A programação do evento principal também contou com atrações musicais como Roger Waters (ex-Pink Floyd), Zélia Duncan, Otto, Leci Brandão, Chico César, Odair José e Marcelo Jeneci. Os artistas enviaram vídeos com sua participação. O músico e ativista Roger Waters enviou um vídeo com a canção “We Shall Overcome” (nós vamos superar). A música de protesto, composta pelo cantor americano por Pete Seeger, se tornou hino do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos (1955-1968).
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Veja abaixo um compilado das falas dos políticos:
O ex-presidente Lula (PT) gravou um vídeo de quase 5 minutos no qual presta solidariedade às vítimas do coronavírus e aos profissionais de saúde. “As grandes tragédias também são reveladoras do verdadeiro caráter das pessoas e das coisas. Não me refiro apenas ao deboche do presidente da República com a memória de mais de cinco mil brasileiros mortos pela covid. A pandemia deixou o capitalismo nu”, afirmou em referência.
PublicidadeO ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também pregou união e elogiou a celebração com diversidade de organizações sindicais e correntes ideológicas. “Não é hora de nós nos desunirmos”, disse ele. Segundo ele, a comemoração deste ano é simbólica e expressa a solidariedade dos trabalhadores. “Nós precisamos manter a democracia, a liberdade”, finalizou ele.
No caso dos ex-presidentes, chama a atenção o fato de ambos participarem do mesmo ato, o que não ocorre desde 1989, quando FHC apoiou Lula no segundo turno das eleições presidenciais contra Fernando Collor de Mello.
A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva (Rede) disse que esse é o 1º de maio mais difícil do século, em função dos problemas que o país já estava passando, como o desemprego, agravados pela pandemia. Ela defendeu as medidas de isolamento social para preservação da saúde da população. Disse também ser preciso defender a democracia. “Que não se permita que qualquer governo com delírios autoritários queira retomar o processo de ditadura, de autoritarismo no nosso país”, finalizou ela.
Por sua vez, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disse que o conjunto de conquistas históricas dos trabalhadores tem sido ameaçado pelo contexto. “Precisamos, tão logo passe essa crise, refletir sobre o que aconteceu com o Brasil para chegarmos aonde chegamos. E, em paralelo, construir as bases de um novo projeto nacional de desenvolvimento, que coloque no centro das preocupações do Brasil o trabalho, o trabalhador e a trabalhadora e suas famílias e não a especulação e a destruição do nosso país”, disse ele.
O governador Flávio Dino (PCdoB) pediu união de esforços para ações coordenadas de saúde e social. “Até outro dia, antes da pandemia do coronavírus, havia quem dissesse que o SUS não funcionava. Nós estamos vendo que, apesar de seus inúmeros problemas, o SUS que está salvando a vida dos trabalhadores e das trabalhadoras em todo o Brasil”, disse ele. Sobre a agenda pós-crise, Dino defendeu uma reforma tributária com taxação de grandes fortunas, lucros e dividendos.
Neste 1º de maio, minha homenagem à classe trabalhadora. No vídeo, uma sugestão de agenda de valorização do trabalho, dos serviços públicos e de defesa da vida. pic.twitter.com/GbY0mqR2J1
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) May 1, 2020
Pauta
Com forte oposição ao governo Bolsonaro, a pauta deste 1º de maio é crítica a medidas trabalhistas adotadas pelo governo, como a medida provisória que permite a suspensão do contrato de trabalho e a redução da jornada e de salários durante a pandemia (MP 936/2020). As lideranças sindicais também criticam a burocracia e o atraso na destinação do auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, também conhecido como coronavoucher ou renda mínima.
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Parte das lideranças defende o impeachment do presidente, encampando o “Fora Bolsonaro”. “A luta, que é também pela democracia e por um projeto de nação, pressupõe o fim do governo de Jair Bolsonaro e se traduz no ‘Fora, Bolsonaro!’”, declarou a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro ainda não indicou se fará pronunciamento em rede nacional para falar sobre a data, a exemplo do que fez em 2019. No ano passado, ele aproveitou a ocasião para anunciar a medida provisória da liberdade econômica, que já foi transformada em lei.
Segundo a agenda oficial do presidente, não há compromissos oficiais marcados para esta sexta-feira.
Assista ao vídeo do evento alternativo organizado pela CSP Conlutas:
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São 14:30 hs e não vi nenhuma liderança política aparecendo nesta transmissão além de Lula. Só o que vejo são artistas insuportavelmente medíocres. Também, quem vai querer ser misturar com sindicatos de pelegos?
Deram as Caras publicamente os golpistas: FHC, LULA, FÁVIO DINO, PAULINO e CIRO. O BRASIL ACIMA DE TUDO E DEUS ACIMA DE TODOS..
É lamentável que os sindicatos, ao invés de se preocupar com a saúde dos brasileiros e focar na pandemia, se preocupem, agora, em fazer live com pessoas que tiveram a chance de melhorar o sistema de saúde no Brasil e pouco fizeram, priorizando a questão política, que mais uma vez, se torna manchete negativa no mundo inteiro.
UPAS, UBS, SAMUs, HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS, MAIS MÉDICOS….etc. além de FOME ZERO, BOLSA FAMÍLIA, LUZ PARA TODOS, como também tirou o Brasil do Mapa da Fome…. Quer mais ?!?!?!
Já a DIREITALHA…..
O Boçalnaro profetizando a morte: muita gente vai morrer, fazer oquê ? É a vida….
Ridículo !!!!! Matador dos mais pobres…..
FORAAAAA BOLSONAROOOOOOO JÁÁÁÁÁÁÁÁ !!!!!
FORAAAAA DIREITALHAAAAAAAAA JÁÁÁÁ!!!!
Sou a favor do Brasil e não sou a favor de direita ou de esquerda.Só um cego não quer ver que o sistema de saúde do Brasil é pífio, mal estruturado e mal aparelhado há décadas. Não misturo política com problemas muito mais sérios como esta pandemia que assola o mundo. O dia que o povo brasileiro se unir e esquecer esse ridículo ódio político que só faz bem para os próprios políticos, talvez o Brasil seja um País melhor, mais fraternos e mais solidário.
SE é assim, apartidário, então deve saber como era o nosso Sistema de Saúde antes do LULA e o PT ter implementado todos esses benefícios. Que estão sendo destruídos desde o Temer do golpe até agora, e nesses tempos de Boçalnolandia, bem aceleradamente…. Prá comprovar basta dar um Google…..
Não vou ficar aqui defendendo políticos corruptos e incompetentes que a meu ver, tiveram a grande chance de tornar o País, um dos mais prósperos do mundo, mas a vaidade, o orgulho, o egoísmo e a ganância os cegaram. Para entender, não precisa do google e sim, de inteligência, maturidade e bom senso, o que me parece ser meio difícil frente ao ódio político que se instalou no País, desnecessários nesse momento. Certamente o google nos mostrará o que foi feito, tanto no lado bom, o que não seria mais que uma obrigação. tanto para o lado ruim, que nas últimas décadas, ganharia muito mais espaço que do lado bom. Procure analisar a história dos nossos últimos 50 anos e verá.
Prá quem viveu, fica muito mais fácil analisar…. E a verdade dos fatos é muito melhor do que uma mentira repetida à exaustão….
Por isso temos que comparar uma coisa com outra coisa, prá entendermos a razão do ódio….
Formação de opinião só se cria com união e tudo o que nossos políticos mais querem é que fiquemos divididos, pois só assim não enxergamos os problemas, tanto de quem apoiamos como de quem não, e quando isso não ocorre sinalizamos com o fanatismo e por consequência o ódio. Quando comparamos, deveremos analisar e separar o que foi feito de bom e o que não foi. Já fui eleitor, tanto da oposição como da situação porque fiz essa análise e, no momento, me tornei apartidário e a favor do Brasil, até que apareça alguém que realmente tenha a capacidade de não só governar, mas amar o País sem interesses que não sejam o bem do povo. Parece utópico, mas vou esperar.