Em carta enviada pelas redes sociais à militância petista, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu fala em necessidade de alinhamento da esquerda nas eleições para derrotar o bolsonarismo. O primeiro turno do pleito municipal irá ocorrer no próximo 15 de novembro e o segundo, onde houver, no dia 29.
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“Sabemos que não avançaremos sem alianças e sem unidade da esquerda, assim no segundo turno o foco é unidade para derrotar o bolsonarismo e eleger prefeitos de esquerda em todo Brasil”, escreve Dirceu, pedindo empenho da militância na reta final da campanha.
No início do texto, ele coloca que o fim das coligações proporcionais e a cláusula de barreira conduziram os partidos de esquerda para candidaturas próprias. “Nem sempre fomos capazes de compor chapas unitárias como em Porto Alegre, Belém e Florianópolis e em centenas de outras cidades”, escreve ele, ponderando que podem ser firmadas alianças no segundo turno.
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As pesquisas apontam que candidatos de esquerda estão na liderança em Porto Alegre, com Manuela D’Ávila (PCdoB), e em Belém, com Edmilson Rodrigues (Psol). Em Florianópolis, Gean Loureiro (DEM) tem 58% das intenções de voto na disputa eleitoral de 2020, segundo aponta pesquisa Ibope. Ele é seguido pelo Professor Elson (Psol), com 13%.
“Agora não é hora de balanços nem recriminações, muito menos de divisão, é hora de lutar como a militância tem feito”, completa. A autoria da mensagem foi confirmada pela assessoria de Dirceu.
Ministro da Casa Civil durante o primeiro governo Lula, Dirceu é um dos principais nomes do petismo. Em 2012 foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção ativa, sendo preso em novembro de 2013 e, quase um ano depois, liberado para cumprir o restante de sua pena em casa. Em 2015, voltou a ser preso por participação no esquema do Petrolão. No ano seguinte, foi indiciado pela terceira vez na Operação Lava Jato, desta vez por crimes de corrupção ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Somadas, as condenações ultrapassam os 30 anos.
Veja a íntegra da mensagem:
CARTA DE JOSÉ DIRCEU
Aos petistas, à militância guerreira
Estamos a 15 dias das eleições de 2020, elegeremos vereadores e prefeitos, vereadoras e prefeitas, quero me dirigir a todos e todas petistas e amigos, amigas, simpatizantes, para agradecer de coração o apoio generoso a solidariedade sempre comigo e registrar de publico meu reconhecimento pela luta, dura, difícil e sacrificada que travam nesse momento histórico de nosso Brasil e do nosso povo.
Temos que ver a médio prazo e compreender que estamos acumulando forças e essa batalha é uma das muitas que travaremos nos próximos anos para recuperar nosso país, sua soberania, democracia e desenvolvimento social e econômico, político e cultural.
Não se trata de uma batalha qualquer estamos reconstruindo nossas bases nas cidades e nossa imagem, reocupando as ruas e nossa relação com as classes trabalhadoras, sem recursos e depois de anos de defensiva e luta pela sobrevivência quando nosso PT e nossas lideranças e Lula sofreram e foram vitimas de uma guerra jurídica e de uma perseguição implacável que levou ao golpe parlamentar jurídico que derrubou nossa presidente Dilma Rousseff e num processo político, de exceção e sumário levou a condenação e prisão de Lula impedido de ser candidato e de fazer campanha para nosso candidato Fernando Haddad.
Sabemos que enfrentamos uma batalha em varias frentes, seja contra o Bolsonarismo ou a direita liberal numa situação nova onde o fim das coligações proporcionais e a clausula de barreira conduz os partidos de esquerda para candidaturas próprias e que nem sempre fomos capazes de compor chapas unitárias como em Porto Alegre, Belém e Florianópolis e em centenas de outras cidades.
Agora não é hora de balanços nem recriminações, muito menos de divisão e hora de lutar como a militância tem feito e dado exemplos magníficos de sua abnegação e sacrifício pelo PT, é hora de fazer a diferença e da arrancada para as urnas em 15 de novembro, de levar nossas candidaturas para o segundo turno ou a vitória principalmente nas grandes cidades e capitais e nas pequenas cidades de onde viemos muitos de nós como eu.
Minha mensagem é de otimismo e esperança como tem sido todos meus artigos e entrevistas, o fio da história está conosco e é de um Brasil soberano, independente, democrático e justo, nosso legado são os governos de Lula e Dilma e nossa luta resgata a história da classe trabalhadora e de nosso povo.
Somos de esquerda, socialistas e vermelhos, somos o PT, como no passado saberemos mudar sem mudar de lado e nos colocar a altura do desafio histórico, sabemos que não avançaremos sem alianças e sem unidade da esquerda, assim no segundo turno o foco é unidade para derrotar o bolsonarismo e eleger prefeitos de esquerda em todo Brasil.
Com a mesma garra que lutaremos para levar nossos candidatos e candidatas para a vitória ou segundo turno, estaremos juntos para eleger nossos aliados e fazer avançar a luta por uma alternativa democrática e popular em 2022.
A ideias de esquerda envelheceram primeiro.
Em 1989 caíram os muros da hipocrisia.
Agora envelheceram os esquerdistas.
Tudo o que o Bolsonaro precisa para se reeleger é dessa gente aí da foto na ativa.
Eles não querem perceber que nomes como zé dirceu, lula, hoffmann, e outros, geram grande resistência! A nova e moderna esquerda deve abandonar o PT!
Me diga qual é essa “nova” e “moderna” esquerda?
Isso não existe, nunca existiu e nunca vai existir.
Todos os partidos de esquerda em maior ou menor grau, são aliados do PT e amam de paixão o Lulladdrão.
Lulladdrão é um Deus para as esquerdas, se ele sair tocando a sua flauta, a récua sai atrás feliz e toda contente.
Precisamos fazer a ”união” das esquerdas.
Botar todos unidos na cadeia de novo.