Dos 147,3 milhões de eleitores brasileiros, 42,4 milhões não votaram nem no presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), nem no candidato derrotado por ele no segundo turno, Fernando Haddad (PT). Isso equivale a quase um terço (29%) de todo o eleitorado nacional. O número corresponde à soma dos votos em branco, nulos e das abstenções, ou seja, quem não foi votar.
Bolsonaro foi eleito com 57.797.847 votos, o equivalente a 55,1% dos votos válidos. Na prática, ele recebeu o apoio de 39,2% de todo o eleitorado nacional. Haddad, que recebeu 47.040.906 votos, ficou com 44,9% dos votos válidos. Para 32% dos eleitores do país, ele era a melhor opção.
Desde 1989
Ao todo, foram registrados 8.608.105 (7,4%) votos nulos – o maior índice desde a primeira eleição presidencial após a ditadura, em 1989. Houve um aumento de 60% na comparação com o segundo turno da última disputa para a Presidência, entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), quando 4,6% dos votos foram anulados.
Os dois maiores colégios eleitorais do país registraram os maiores índices de votos nulos: 10,6% em Minas Gerais e 10%, em São Paulo. Sergipe, com 9,5% e Rio de Janeiro, com 9,1% vieram na sequência.
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Outros 2.486.593 (2,1%) eleitores preferiram votar em branco – índice superior ao 1,7% computado no segundo turno da eleição presidencial passada. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 31.371.704 (21,2%) eleitores não compareceram para votar. O percentual é próximo do registrado no segundo turno de 2014.
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