O número de religiosos na disputa por um cargo eletivo cresceu nas eleições municipais deste ano. Levantamento feito pelo Congresso em Foco com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que em 2020, 10.013 candidatos usam nomes religiosos nas urnas; em 2016 foram registrados 7.819.
Os partidos que mais puxam essas candidaturas nas eleições municipais de 2020 são o Republicanos, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, com 733 candidatos, e o Partido Social Cristão (PSC), com 667. Nas eleições de 2016, o Republicanos, que era identificado como PRB, lançou 432 candidatos e o PSC liderava com 714 candidaturas.
O partido declarado de esquerda que mais aumentou o número de candidatos com títulos religiosos, foi o Partido dos Trabalhadores (PT) que saiu de 172 em 2016, para 312 candidatos em 2020. O Solidariedade que abriga políticos de centro-direita e direita lançou apenas 1 candidato religioso nas eleições municipais passada, já neste ano foram lançadas 315 candidaturas.
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O levantamento foi feito com base nos nomes dos candidatos. Os títulos mais comuns são ‘pastor’ e ‘pastora’, mas nomes de religiosos espirituais registrados como ‘mãe’ e ‘pai’, também constam.
Para o professor do Departamento de Ciência Política da Universidade de Brasília (IPOL/UNB), Carlos Augusto Mello Machado o impacto social dessas candidaturas é relevante, mas é necessário ficar atento a qualidade delas. De acordo com ele, “alimentar essas perspectivas dogmáticas é interessante para ganhos políticos pontuais”.
Carlos Machado defende que existe uma diferença entre os candidatos religiosos e os líderes teístas que já estão em cargos políticos. “É só olhar para a atuação deles como políticos que nota-se uma diferença de discurso”, explica.
Na análise do professor, o crescimento das candidaturas religiosas não é tão intenso porque elas já vinham ocupando espaços e as expectativas para o pleito de 2022 só poderão ser medidas depois do resultado das eleições municipais. Para ele, é ideal ficar atento se as reações da esquerda a essas candidaturas vão ter efeitos. “Acredito que o crescimento das candidaturas para a esquerda deve ser um ponto de inflexão que pode tomar o discurso religioso e reformar”, concluiu.
Candidatos declarados
Eem 2016, o TSE registrou 773 candidatos com ocupação declarada de ‘sacerdote ou membro de ordem ou seita religiosa’. Em 2020, esse número aumentou para 919. Na visão do professor do Instituto de Ciência Política da Universidade Brasília (UnB), Aninho Irachande os movimentos políticos estão reconhecendo que a parcela religiosa proporciona poder. “Não é oportunismo, mas circunstancial aceitar essa situação”, explica.
Na avaliação dele, a tendência é que grupos religiosos se associem a pautas que não são comuns em determinados segmentos ideológicos. “Vamos encontrar evangélicos com políticas públicas próximo ao que era de esquerda em breve, e as igrejas também vão se adaptar em busca de poder. Há uma movimentação de dois pólos”, conclui.
Notícia maravilhosa… mais pessoas de Deus, trabalhando pela Família Tradicional, por valores e por honestidade! Basta de hereges e agnósticos no Parlamento! Basta da esquerda materialista!
E é por isso que somos o país que problematiza mais o aborto do que o estupro e a violência contra a mulher…
Essa turma já se candidata há muito tempo.
O Partido Universal, que hoje se chama Republicanos, antes tinha outro nome, mas a essência continua a mesma.
Noutro dia, assisti involuntariamente uma rodada de propaganda deles.
Não deu tempo de mudar de canal.
Tem um monte de mulheres se candidatando e um monte de negros também.
A religião cristã faz m3rda há pelo menos quase dois mil anos, não seria agora em 2020 que iriam deixar passar batido, sem novidade, hehehehehe…
Nada contra a religião em si. Tudo contra o uso errado que se faz dela. Quem vê a representatividade mascarada que eles pregam na política, mal sabe o quanto tem de católico e evangélico machista e racista aí pelas igrejas…e agora tem também o “anti comunismo” de brinde, tudo em nome da “tradição, moral e bons costumes”, hehehehehe.
Um breve relato verídico, queira vc acreditar ou não: o marido de uma conhecida nossa frequenta a Universal, certo dia estava num desses “templos” grandiosos que eles têm e, todo contente por estar ali, resolveu tirar selfies dentro da igreja, ao passo que o pastor falou ao microfone que ali não era lugar de fotos. Achando que não seria notado, tirou mais uma e daí foi abordado por um segurança, POLICIAL MILITAR fazendo bico e este lhe perguntou o motivo de estar tirando fotos ali dentro e se ele era “comunista infiltrado” ali. Houve discussão e esse nosso conhecido foi posto para fora da igreja. Está até hoje se remoendo de raiva e sem entender o que aconteceu.
E é esse o Estado para o qual nosso atual governo nos conduz, meu amigo. O grau de esquizofr3nia beira o ridículo…só que é perigoso, pois muitas pessoas REALMENTE estão caindo nessa
Veja o vídeo “Ou Dá ou Desce”
Explica tudo.
Só que eles sabem ”pescar” bem.
Pois é…
O Lulla (raammm, duummmm, olha ele aí) foi um dos primeiros que percebeu o ”potencial” em 2002.
E por isso ” comunista ” é odiado e perseguido pelas igrejas hoje né?
É só ele voltar ao poder, que eles voltam a apoiar.
Deu$ está acima de tudo.
São aqueles mesmo que apoiaram Lulla Ladrão em 2002 e 2006 e a Dilma Burra em 2010 e 2014.
Lembram deles?
E que agora estão com o bozo e que logo votarão a favor do impeachment ou estarão mais a frente com o Moro. E os trouxas caindo de 4.
Nem todos.
Eu e você não estamos.