Uma semana após o início da campanha eleitoral, 67 candidatos já desistiram oficialmente da disputa, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eles fazem parte do grupo de 71 nomes que aparecem como inaptos na relação de candidaturas reconhecidas pelo TSE (veja relação completa mais abaixo). Os outros quatro foram excluídos porque tiveram o registro cancelado ou não reconhecido por problemas formais.

Entre os desistentes estão o senador Pedro Chaves (PRB-MS), o deputado João Gualberto (PSDB-BA) e o ex-senador e ex-governador Maguito Vilela (MDB-GO). Além da saída da disputa eleitoral, Chaves e Gualberto têm algo mais em comum. Ambos têm patrimônio acima dos R$ 130 milhões. O senador declarou possuir R$ 130,5 milhões em bens. Já o deputado, R$ 131,7 milhões. Maguito informou possuir R$ 6,8 milhões.

Chaves renunciou à candidatura à reeleição logo depois de ter feito o registro. Ele desistiu da disputa depois que a chapa da qual fazia parte decidiu lançar mais um nome para o Senado. O PRB apoia a candidatura do juiz aposentado Odilon de Oliveira (PDT) ao governo de Mato Grosso do Sul. O senador queria ser o único candidato da aliança. Mas a chapa passou a ter um segundo nome ao Senado, o do advogado Humberto Figueiró (Podemos).

“Saio de cena renunciando, em caráter irrevogável e irretratável a minha candidatura”, anunciou Pedro Chaves, alegando que sua candidatura foi inviabilizada pelo próprio partido. “Tomei essa decisão junto a minha família e assessoria depois de analisar o cenário político nacional e regional”, acrescentou.

Empresário da área da educação, Chaves era suplente de Delcídio do Amaral (MS), de quem herdou o mandato após a cassação do ex-petista em maio de 2016. Recentemente o PRB, que fazia parte da base do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), trocou o tucano pela candidatura pedetista.

“Ambiente horroroso”

João Gualberto alegou desencanto com a Câmara para desistir da reeleição mesmo depois de ter registrado a candidatura. “Não vou ser mais candidato a deputado. Não é de hoje. Fui prefeito, gostei, mas Câmara… É ambiente ruim, chato, horroroso. Fiquei contrariado lá. Foi para o meu extremo. Contribui para a sociedade, de fato, para mostrar que é possível”, afirmou o deputado ao site Bahia Notícias.

Governador de Goiás entre 1995 e 1999 e senador entre 1999 e 2007, Maguito Vilela abriu mão da vaga de suplente na chapa encabeçada pelo candidato Vanderlan Cardoso (PP) ao Senado. A suplência passou a ser ocupada pelo deputado federal Pedro Chaves (MDB-GO). Maguito é pai do também deputado federal Daniel Vilela (MDB), que aparece na segunda colocação nas pesquisas para o governo de Goiás. O ex-senador é coordenador-geral da campanha do filho.

Até o momento já desistiram oficialmente da candidatura um candidato a senador, 12 suplentes, 19 a deputado federal, 33 a estadual e 2 a distrital.

Veja a relação dos que já estão fora da disputa, de acordo com o TSE, por estado: