Deputado federal pelo NOVO, Vinícius Poit (SP) foi escolhido pré-candidato ao governo do estado de São Paulo pelo partido. De acordo com a legenda, o nome do parlamentar, enquanto primeiro nome da sigla liberal para as eleições de 2022, foi “aprovado” nesta sexta-feira (16), em um processo seletivo.
Empresário de primeiro mandato, Poit disse acreditar que a legenda, fundada em 2011, chegará unida para a eleição do ano que vem e defendeu uma mudança de paradigma político no estado mais populoso do país.
“A política em São Paulo tem que ter oxigenação, tem que ter representatividade e sucessão”, disse ao Congresso em Foco, antes de apelar ao bairrismo do estado. “Não pode um estado como São Paulo, que leva o Brasil – com todo o respeito aos demais – ser governado consecutivamente pelo mesmo partido e pela mesma dinâmica.”
Poit tem 35 anos. Quando ele tinha oito anos, em 1994, Mario Covas ganhou a primeira eleição pelo PSDB para o governo do estado. Desde então, o comando de São Paulo é dividido entre tucanos e peemedebistas. O pré-candidato do NOVO aposta no discurso de que, em 2022, o desfecho pode ser distinto. Ele defende que o paulista não quer alguém “politizando” temas, como faz o presidente da República, e comentou que já trabalha em um plano de governo. Ainda conforme Poit, uma minuta desse plano foi apresentada na “entrevista de emprego” que fez para a legenda.
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O NOVO chegou a integrar a base de apoio à gestão do presidente Jair Bolsonaro, mas a aliança começou a rachar no ano passado. O fundador e presidente da sigla, João Amoedo chegou a acenar com uma candidatura à presidência da República em 2022, mas divergências internas fizeram com que o empresário recuasse. Internamente, duas correntes rechaçam qualquer apoio bolsonarista e pedem o impeachment do presidente, como ensaia o próprio Amoedo. Persiste, porém, um grupo que segue alinhado às ideias e propostas do governo.
Questionado se este racha poderia prejudicar o NOVO ano que vem, Poit minimizou os atritos. “O partido está no bom caminho e vem, cada vez mais, com uma união maior”, disse, completando: “o partido, assim como toda instituição, vai crescendo e encontrando pessoas que pensam diferente”. A chave, segundo o parlamentar, é focar nos 90% onde há consenso, “e não nos 10% que pensam diferente”. Vinicius Poit também comentou ser “natural” que algumas pessoas deixem a legenda até 2022, mas não citou nomes.
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