A Executiva Nacional do Patriota afastou, por 90 dias, o presidente da sigla, Adilson Barroso, por negociar individualmente a filiação do presidente Jair Bolsonaro. O afastamento, que pode ser prorrogado por mais 90 dias, pode ameaçar os planos de Bolsonaro de concorrer pelo partido nas eleições de 2022.
A retirada de Barroso do cargo encerra semana na qual duas alas do partido convocaram convenções nacionais, uma à revelia da outra. A sigla está dividida quanto à possível filiação de Jair Bolsonaro, de outros filhos dele – o senador Flávio Bolsonaro (RJ) já se filiou -, e de outros bolsonaristas.
A ala contra a chegada de Bolsonaro, comandada pelo vice-presidente do partido, Ovasco Resende, marcou e convocou a reunião de hoje, realizada mesmo após Adilson Barroso anular a convocação. Adilson Barroso não compareceu à reunião onde foi afastado pela maioria dos membros da Executiva Nacional.
Enquanto o caso tramita no Conselho de Ética da legenda, Barroso convocou uma segunda convenção, para sábado (26), quando deve pressionar pela chegada de Bolsonaro.
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Em nota à imprensa, Flávio Bolsonaro disse que “infelizmente, uma ala minoritária do Patriota não entendeu a magnitude da chegada de um Presidente da República ao partido”. Flávio, que não compareceu à reunião (assim como Barroso, presidente da legenda) a considerou ilegal, e sem previsão legal. O objetivo, disse, é “arrumar a casa”.
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