Provável ministro da Economia do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o economista Paulo Guedes defendeu a rápida aprovação da reforma da Previdência como medida emergencial do novo governo, aproveitando o esboço de proposta fracassado na gestão Michel Temer. Para o assessor econômico de Bolsonaro, que não quis falar em prazos, o fato de parlamentares e equipe do governo terem trabalhado dois anos no texto facilita a tarefa reformista almejada pelo novo comando país.
“Previdência é a mais importante e a mais rápida. Privatização é devagar e ao longo do tempo”, disse Paulo Guedes no Rio de Janeiro, onde participou com Bolsonaro e aliados de uma reunião preparatória da transição de governo.
“Trabalharam dois anos nessa reforma, escrevi colunas no jornal dizendo ‘aprovem a reforma’. Evidente que não posso, agora, porque passei para o governo, dizer que não aprovem a reforma”, arrematou, apontando outras providências entre as prioridades.
Leia também
>> Paulo Guedes desautoriza futuro chefe da Casa Civil a falar de economia
“Além de um novo regime trabalhista e previdenciário, que deveremos criar para as futuras gerações, temos que corrigir o regime atual. Ele está condenado, porque não leva capital para o futuro”, concluiu o economista, referindo-se à transformação de arrecadação em consumo.
Ontem (segunda, 29), Paulo Guedes falou rapidamente à imprensa e se ariscou a falar de política externa, como críticas aos desdobramentos de negócios multilaterais no âmbito do Mercosul. Em resposta a uma repórter argentina, ele criticou o atual modelo do bloco multinacional e prometeu “salvar o Brasil do viés ideológico” que estaria em curso nos governos petistas.
PublicidadeVeja a entrevista:
>> “Agenda econômica de Bolsonaro terá sempre meu apoio”, diz Rodrigo Maia