O governo vê um lado positivo no adiamento da votação em segundo turno da reforma da Previdência no Senado: avalia que ganha tempo para conter a insatisfação dos senadores e garantir uma aprovação mais tranquila da proposta. A informação é confirmada por dois vice-líderes do governo, os senadores Chico Rodrigues (DEM-RR) e Izalci Lucas (PSDB-DF).
“Claro que não atrapalha. Duas semanas a mais [em relação à previsão de votar dia 10] vai permitir que se acalmem os ânimos dos contrários. Paciência e a reforma estará concluída”, disse Chico Rodrigues ao Congresso em Foco. Segundo ele, a votação só deve ocorrer em 22 de outubro.
Na última terça (1º), dia da votação em primeiro turno da reforma, vários senadores reclamaram que não têm sido atendidos em suas demandas pelo governo. As queixas vão desde a falta de atendimento de pedidos para suas bases eleitorais até a demora na definição da divisão dos recursos do leilão do pré-sal, marcado para novembro.
A reforma não será votada em segundo turno nesta semana, embora conste da pauta da próxima quinta-feira (10). Um grupo de senadores tem alegado que o plenário poderá ficar esvaziado no início da próxima semana por causa da canonização da missionária católica Irmã Dulce, marcada para domingo. Além dos representantes da Bahia, parlamentares de outros estados também pretendem viajar até o Vaticano.
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A avaliação de senadores ouvidos pelo Congresso em Foco é que a viagem tem sido usada como desculpa para protelar a votação, já que os parlamentares podem chegar a Brasília entre segunda e terça-feira. O líder do DEM no Senado, Rodrigo Pacheco (MG), está otimista e acredita que o segundo turno poderá ser concluído na quarta-feira da próxima semana (16).
Para o líder do PSL, Major Olimpio (SP), a votação pode ocorrer tanto na semana que vem quanto na seguinte. “Eu espero, torço e me empenho para que no dia 22, ou até mesmo antes, termine a Previdência com votação e promulgação”, declarou.
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