O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, afirmou nesta segunda-feira (7) que o governo não pretende interromper a negociação entre a Embraer e a gigante Boeing, que estão em um processo de fusão.
O general Augusto Heleno explicou, após solenidade no Palácio do Planalto, que o governo estuda se o modelo atual é o melhor e que há preocupações com perdas do ponto de vista tecnológico. “Dentro desse patrimônio aeronáutico, existe uma preocupação muito grande com o patrimônio tecnológico, que foi conseguido a duras penas ao longo de muitos anos e que nós não pretendemos perder”, afirmou. Ele foi enfático quanto à continuidade da fusão: “Não está se pensando em interromper essa negociação, não”.
A declaração de Heleno vem após uma dúvida levantada pelo presidente Jair Bolsonaro, que criticou os termos da golden share entre a Boeing e a Embraer na última sexta-feira (4) e sinalizou que poderia haver recuo. “Seria muito bom essa fusão, mas nós não podemos, como está na última proposta, daqui a cinco anos, todo poder ser repassado para o outro lado. A preocupação nossa é essa. É um patrimônio nosso”, afirmou.
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De acordo com o projeto, a Boeing entraria com 80% de todo o capital -cerca de U$ 4,2 bilhões-, enquanto a Embraer seria responsável pelos 20% restantes.
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Essa não é a primeira vez que ministros do governo Bolsonaro contrariam afirmações do presidente. Também na última sexta (4), ele anunciou pela manhã que o governo aumentaria o Imposto sobre Operação Financeira (IOF). Embora não tenha esclarecido de quanto era o aumento, Bolsonaro afirmou que se tratava de “um valor mínimo, uma fração”.
Na mesma ocasião o presidente anunciou uma revisão na alíquota do Imposto de Renda, que seria anunciada no mesmo dia pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Poucas horas depois, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, desmentiram tanto o aumento do IOF quanto a revisão no Imposto de Renda.
Augusto Heleno disse que não há qualquer problema na relação entre Bolsonaro e sua equipe econômica. “Hoje de manhã se encontraram aí, best friends, não tem essa história”.
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Há militares e há milicos. Estes defendem a ditadura e a entrega do Brasil para os gringos. Felizmente ainda há militares honestos.