Agentes da Polícia Federal cumprem mandados de prisão, busca e apreensão na quarta fase da Operação Registro Espúrio, que apura um esquema de fraude na concessão de registros sindicais. Entre os alvos da nova etapa estão os advogados Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Galeano, sócio de Tiago, e Marcelo Cavalcanti, chefe de gabinete do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força.
Policiais fazem buscas no apartamento e no escritório do filho do ministro do TCU. O sócio dele tem prisão temporária decretada. O Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido da PF para prender Tiago. Também são cumpridas ordens de buscas e prisão temporária contra o chefe de gabinete de Paulinho.
Nesta quarta fase, a Polícia Federal investiga a atuação de uma organização criminosa em restituições de contribuições sindicais recolhidas a maior ou indevidamente da Conta Especial Emprego e Salário (CEES).
Ao todo são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão temporária em Brasília, Goiânia, Anápolis (GO), São Paulo e Londrina (PR). Os alvos são suspeitos dos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.
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A Registro Espúrio resultou na queda do ex-ministro do Trabalho Helton Yomura e em denúncias criminais contra ele, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), os deputados Jovair Arantes (PTB-GO), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Wilson Filho (PTB-PB) e Nelson Marquezelli (PTB-SP), além de Paulinho e outras 18 pessoas.
No último dia 4, o ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de três inquéritos relacionados à Registro Espúrio. Um dos investigados é o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB).
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