O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, Bohn Gass (RS) quer acionar a Procuradoria-Geral da República contra o ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A decisão surgiu após a informação de que que ambos mantêm empresas offshore milionárias em paraíso fiscal. A revelação faz parte da investigação Pandora Papers, divulgada neste domingo (3/10).
Em nota, o deputado afirma que os membros da equipe econômica do governo devem ser investigados sob suspeita de “autofavorecimento”.
“Estamos falando de dois dos mais importantes responsáveis pela condução da política econômica do País neste momento. Em nome da lisura e da transparência, o povo brasileiro tem o direito a essas informações”, disse.
O líder também questiona a participação de Guedes e Campos Neto no Conselho Monetário Nacional e afirma que pedirá prestação de esclarecimentos de ambos no Congresso Nacional.
“E causa estranheza que tanto Guedes quanto Campos Neto, como integrantes do Conselho Monetário Nacional, tenham participado diretamente da decisão do atual governo de elevar de 100 mil dólares para 1 milhão de dólares o valor que se pode ter no exterior sem informar ao Banco Central”, disse Bohn Gass.
Offshores
Segundo as revelações, o ministro Paulo Guedes ainda possui uma empresa em paraíso fiscal desde 2014. O presidente do BC, no entanto, esteve à frente por quase 16 anos da empresa Cor Assets S.A., uma offshore no Panamá. Fundada em 2004, foi investido 1,09 milhão de dólares, valendo 3,3 milhões na época.
O presidente do BC permaneceu com as aplicações por 15 meses, desde que entrou na equipe econômica do governo. Os acionistas decidiram por fechar a empresa em 12 de agosto de 2020. Sendo assim, ele poderia ser enquadrado no artigo 5º do Código de Conduta, tal como Guedes.
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