Rodrigo Santos*
As ações de substituição de rotinas de trabalho analógicas por rotinas digitais no setor público brasileiro vêm acontecendo em volume cada vez maior, levando facilidades como o atendimento ao cidadão por meio de processos eletrônicos e portais online. A pandemia mostrou a necessidade de as instituições construírem um Governo Digital. Considerando suas vantagens e benefícios, a adoção de estratégias de Transformação Digital deverá ser um dos temas dos planos de campanha dos candidatos às Eleições 2022.
Cito a Transformação Digital como parte dos planos de campanha política pelos benefícios que ela apresenta, tendo em vista que as suas ações aumentam a eficiência econômica e dão celeridade à atuação dos órgãos públicos. Esses Governos Digitais já são oferecidos para os cidadãos em alguns municípios, como serviços por meio de portais online, eliminando a necessidade do atendimento presencial por guichê.
Ressalto que é necessário que as instituições e pessoas que compõem o setor público vejam que a digitalização de processos acaba com burocracias internas, assumindo uma maior eficiência da operação, além de não comprometer com parte do orçamento.
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Para que as instituições avancem com seus Governos Digitais, é necessário um maior investimento em políticas públicas com o objetivo de implementar esses serviços eletrônicos. Será necessário que elas modernizem e automatizem seus trâmites, visando agregar para a sociedade um processo mais moderno, célere, com transparência, controle social e responsabilidade socioambiental.
Na minha visão, essa adoção de soluções digitais não levará a eficiência apenas ao cidadão, mas também, ao servidor e à instituição. Para isso, é preciso fornecer capacitação digital voltada para a inovação de processos, além de promover um engajamento baseado em multicanais com a população usando, por exemplo, redes sociais e plataformas digitais, sempre com o objetivo de manter os dados abertos para o fácil acesso da sociedade.
O primeiro passo para essa modernização é a regulamentação, pois as instituições necessitam de um amparo jurídico para orientá-la junto aos seus fornecedores, buscando uma automatização dos procedimentos, estabelecendo fases, como a mudança de mídia, saindo do papel para o meio digital, seguido pelos fluxos de trabalho e a integração entre os órgãos.
Percebo que muita coisa mudou no atendimento digital ao cidadão diante desse período pandêmico, o que nos deixa com a perspectiva de um futuro melhor, tendo em vista que reconhecemos a importância de apresentar, cada vez mais, projetos para a modernização na gestão pública. Com isso, melhoraremos a prestação de serviço, incentivando a população a aderir ao sistema digital e entregando uma solução com mais segurança, robustez e automação com o ecossistema.
*Rodrigo Santos é diretor-executivo da Unidade de Setor Público da Softplan. Graduado em Ciências Jurídicas e Ciências Sociais, tem especializações em Gestão da Qualidade e Administração Pública, além de ser mestre em Negócios Internacionais. Já atuou em instituições como a Consultoria Ernst & Young, o Instituto Nacional de Qualidade Judiciária e a Commonwealth Association for Law Reform Agencies.
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