Felipe Carreras*
O presidente Jair Bolsonaro falou em uma live na última quinta-feira (5) sobre federalizar Fernando de Noronha. Falar em melhorias para Noronha, nós queremos. Falar em investimentos para a ilha e fazer parcerias com Pernambuco, estamos à disposição. Mas politizar Noronha é um equívoco, sobretudo, no momento que estamos vivendo.
Os noronhenses não estão pedindo para ser colonizados. Eles não estão à espera de um salvador. O arquipélago de Fernando de Noronha foi reanexado ao estado de Pernambuco pela Constituição de 1988. Os laços históricos entre Noronha e Pernambuco estão no DNA de sua gente, orgulhosa de ser pernambucana.
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O governo do Estado tem investido na ilha com a ampliação da oferta de energia solar, reforma do porto, iluminação em LED, além de uma série de obras nas áreas sociais e de saúde. Muitos desafios ainda precisam ser enfrentados e toda contribuição é muito bem-vinda.
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Mas se o presidente realmente estivesse interessado em melhorar a vida dos noronhenses e dos turistas, poderia começar liberando os recursos para as obras de saneamento, anunciadas quatro vezes – a última no fim da semana passada, quando os ministros do Meio Ambiente, do Turismo e da Educação estiveram em Noronha – , e abolindo as taxas federais, que na atual gestão foram reajustadas. Quando o presidente tiver disposição para trabalhar pelo nosso povo e for além de bravatas em lives na internet, poderá contar com nosso apoio.
Felipe Carreras é deputado federal pelo PSB-PE.
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Aliás, perguntar não ofende.
A legislação de Noronha é rigorosíssima com a entrada e tempo de permanência de visitantes.
Como os Globais fazem para ficar entrando e saindo no arquipélago à ”la vonté”?
Tem que tirar um passaporte surubístico?
Seria um retrocesso, a estatização do Surubão Global.