Carlos Eduardo Bellini Borenstein*
Uma derrota eleitoral nem sempre significa uma derrota política. Este é o caso da campanha de Manuela D’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre (RS). Desde a vitória de Jair Bolsonaro em 2018, as esquerdas cometeram o equívoco de jogar o jogo no terreno do bolsonarismo, ou seja, na lógica da polarização permanente.
Mesmo que tenha perdido a eleição na capital gaúcha, ao propor a quebra do paradigma de 2018, a campanha de Manuela deixou lições sobre como o campo progressista deve enfrentar o bolsonarismo. Os materiais de campanha de Manuela, por exemplo, substituíram a cor vermelha tradicional das campanhas de esquerda pelo branco e o roxo, sinalizando ao centro e procurando uma amplitude para sua marca.
A campanha teve uma narrativa progressista e propositiva, evitando cair na armadilha de reproduzir apenas o discurso antibolsonarista.
Manuela abraçou a bandeira da novidade e colou em seu rival o rótulo da “velha política” numa conjuntura com apelo mudancista. Frases como “Manuela representa um novo caminho” e “não dá pra resolver problemas de hoje com soluções que já não deram certo no passado” reforçaram o posicionamento proposto.
Leia também
Outra sacada interessante do marketing de Manuela foi levar as fake news que prejudicaram na campanha para TV. O programa, através da frase “chega de fake, vamos aos fatos” tentou desconstruir a campanha negativa do submundo da política.
PublicidadeApesar da derrota e da resiliência que o antipetismo mostrou em Porto Alegre, a campanha de Manuela mostra um caminho a ser seguido pelo campo progressista, já que somente quebrando o paradigma de 2018 será possível escapar da polarização permanente criada pelo bolsonarismo e inflada pelas redes sociais.
Por outro lado, o resultado de Porto Alegre traz desafios. O principal deles é como desconstruir a estigmatização das esquerdas, que tem levado o chamado eleitor mediano a optar por opções conservadoras.
*Carlos Eduardo Bellini Borenstein é cientista político formado pela ULBRA-RS desde 2006. Possui MBA em Marketing Político, Comunicação e Planejamento Estratégico de Campanhas Eleitorais pela Universidade Cândido Mendes.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para redacao@congressoemfoco.com.br.
Podem dar o nome que for, que vai continuar sendo esquerdismo!…E isso não funciona, é antievolutivo. O portador dessa psicopatia diagnosticada pelo Freud em 1919 vive em um mundo abstrato, sonhando quimeras como o igualitarismo, e essa psicopatia atinge desde a pessoa pobre até o filho do empresário rico, passando por doutores de universidades.A verdade é uma só, enquanto existir resquicios em cada ser humano dos desvios de comportamento originais, adeus esquerdismo!
Na próxima eleição ela volta como Madre Superiora do Convento do Supremo Coração Vermelho em Londres.
O Brasil precisa de mulheres assim, que tomam conta de tudo.
Verdadeiras donas da casa, que se vestem sobriamente.