Pronto!
Começou mais um período eleitoral.
Os políticos profissionais tentarão mais um mandato em suas vidas, outros que jamais estiveram no poder tentarão sentir o gostinho de ser um representante legítimo do povo e alguns outros estarão apenas “curtindo” um breve momento ao verem seus nomes em santinhos, cartazes e até, dois ou três segundos na televisão.
Mas, será mesmo que as eleições brasileiras definem aqueles que são os melhores dentre todos os concorrentes para representar e trabalhar em favor da sociedade brasileira?
Será mesmo que os eleitores brasileiros estão preparados para assumirem esta importantíssima tarefa?
Eu, particularmente, não acredito.
Inúmeros são os fatos que me fazem desacreditar da “real legitimidade” do nosso sistema eleitoral. Eu poderia falar do incômodo Quociente Eleitoral que permite ser eleito aquele que não conseguiu votos suficientes para se eleger sozinho. Eu poderia falar também do poder financeiro que impera neste momento, transformando asnos bípedes em verdadeiros “candidatos perfeitos”. Poderia falar ainda das mal intencionadas “pesquisas eleitorais” que conduzem milhares (talvez milhões) de votos a determinados candidatos que só recebem votos suficientes para serem eleitos porque seus nomes e rostos foram citados incansavelmente na televisão, jornais e rádios. E, claro, falar das fraudáveis e insanas urnas eletrônicas que jogam por terra o que de mais bonito poderia haver na política, a representatividade legítima.
Mas, hoje eu não vou falar de nada disso. Neste artigo quero apenas tecer algumas palavras para um dos problemas mais sérios e maléficos que se pode existir em uma nação, “o eleitor despreparado”.
Em primeiro lugar, não existe um trabalho de conscientização voltado aos eleitores com menos acesso a informações. Temos um verdadeiro exército de eleitores despreparados que votam apenas por votar.
Muitas vezes estes analfabetos eleitorais têm seus votos direcionados por partidários que mentem descaradamente para conquistar um voto aqui e outro ali. São pessoas que não possuem nenhum preparo para votar, senão o fato de possuírem um título de eleitor, que, diga-se de passagem é obrigatório.
Muitos destes incapazes (ainda que temporariamente) eleitores vendem seus votos por alguns quilos de alimentos, por promessas de emprego fácil e até mesmo de tratamento médico ao ente querido. Promessas jamais cumpridas.
Este exército de incapazes parece-me cada vez maior, quando na verdade deveria diminuir a cada pleito. O Governo Federal diz fazer campanhas em favor da conscientização destes eleitores, mas nada parece ser feito com a eficiência necessária. Aliás, durante vários dias eu ouvi nas rádios que mais mulheres deveriam ser eleitas, pois estas ainda são a minoria absoluta no poder. Não tenho dúvidas de que milhões de reais foram gastos nesta campanha. Dinheiro público utilizado para induzir eleitores a votarem em mulheres.
Eu não sou contra isso e acho até que as mulheres possam fazer mais do que os homens já fizeram até hoje na política, mas ter uma vagina não pode ser a única credencial para ser eleita.
O problema da analfabetização eleitoral deve ser combatida com veemência. Porém, não devemos esperar que os nossos nobres representantes do Congresso Nacional criem alguma lei que mude esta realidade e muito menos esperar por uma iniciativa do governo para que a conscientização seja feita sem vícios e sem tendências maléficas.
Eu acredito que devemos ser nós mesmos, cidadãos comuns, os professores destes alunos que vivem num apagão cultural-eleitoral.
De que maneira deve-se escolher um candidato? Qual a importância do voto? Deve-se votar em branco ou nulo?
Estas são algumas perguntas que devem ser respondidas por “nossos alunos” de maneira correta.
Você, que está lendo este artigo agora, deve estar pensando em como fazer parte disso. Eu me atrevo a dizer que não é uma tarefa tão difícil assim. Certamente que você é uma pessoa bem mais preparada, politicamente falando, do que um desses “analfabetos eleitorais” que citei aqui. Eu tenho esta certeza porque você não estaria lendo este artigo até aqui se não fosse uma pessoa que se interessa pelo assunto.
Todos nós temos o nosso círculo de amizade, seja na família ou no trabalho. Muitos destes torcem o nariz quando se fala de política. Mas é importantíssimo que se fale no assunto.
Eu faço a minha parte e tenho certeza que já abri a mente de milhares de pessoas pelo país através do trabalho que desenvolvo a frente da OPS – Operação Política Supervisionada e através dos meus vídeos semanais no Youtube.
Recentemente lancei os dois vídeos abaixo que poderão lhe ajudar nesta tarefa cívica.
Está mais do que na hora de agirmos para começarmos a ter um país um pouco melhor do que já temos. Não devemos esperar os nossos governantes terem uma iniciativa assim.
Nós somos o suficiente para nós.
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