As eleições estão distantes, mas logo os partidos políticos iniciarão as tratativas para escolherem quem será o candidato à eleição para presidente da República.
Muitos candidatos surgirão com a finalidade de serem notados pelos eleitores, no entanto, alguns desistirão da corrida por não estarem preparados e sem sustentação perante o colegiado.
Outros por terem recursos próprios insistirão até o fim ou se aliarão ao candidato que apareça melhor nas pesquisas.
O fato é que, depois da ditadura, as escolhas dos eleitores ficaram vagando entre a esquerda e a direita. Fernando Henrique Cardoso, de centro-esquerda, conseguiu derrotar os opositores em duas oportunidades. Após, apoiou a candidatura de Lula, até então disfarçado de homem do povo.
Lula, encantador de cobras, foi atingido em seu segundo mandato com acusações de corrupto, inclusive de alguns dos seus ministros, mas mesmo assim ainda conseguiu fazer Dilma sua sucessora.
Outro desastre. A presidente, fracassada em seus projetos pessoais e públicos, manteve muitos dos colaboradores de Lula ao seu lado e, quando discursava, entrava em um emaranhado de palavras desconexas que até hoje, incrementam as gozações. Saiu da vida pública com uma inacreditável solução jurídica que evitou o seu afastamento da vida pública. Nas eleições seguintes, candidatou-se ao Senado Federal. Foi recusada pelos eleitores.
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Michel Temer, político tradicional, governou o país buscando entendimento e a paz entre os brasileiros. Perseguido por denúncias nunca comprovadas e absolvido por decisão judicial, tem sido procurado para aconselhamentos aos mais novos. Saiu mal. Com o tempo, acabou reconhecido como um dos melhores políticos e governantes do nosso tempo.
As eleições de 2018 foram o fosso que nos separou da política tradicional e nos apresentou a um candidato fora dos padrões que, constatando o vazio do poder, montou-se em ombros de seguidores até encontrar o cavalo selado.
Quase montando no animal do poder, foi atingido por um agressor que logo foi declarado doido.
Hospitalizado, recebeu a solidariedade do povo que acreditou que ele seria o messias da salvação da nação. O discurso cheio de frases agressivas, misturadas com falas religiosas, reforçou a sua escolha.
A maioria dos eleitores, sensibilizada com a sobrevivência do soldado-atleta, apesar da sua origem ditatorial, relevou o passado opaco do candidato, levando-o à presidência da República onde rapidamente se mostrou populista.
Em dois anos, o pandêmico presidente, se viu envolvido numa pandemia sanitária. Brincou com a situação, trocou ministros, causou estupor no mundo e negou a existência do vírus incontrolável. Só não caiu ainda por negligência de seus apoiadores que possuem o poder de retirá-lo da presidência.
Provocador, mal-educado, grosseiro, não é admirado por quase nenhum político mundialmente reconhecido como de espírito público e respeitador das leis. Hoje é considerado exótico e incompetente.
Suas ameaças contra a democracia e seus discursos cheios de ódio aos seus opositores chegarão ao desfecho inevitável do cadafalso instalado na Praça da Democracia que é o Congresso Nacional.
Por estas razões, nós eleitores devemos conhecer os possíveis candidatos nas eleições do ano que vem. Quem sabe não será a oportunidade de, pela primeira vez, escolhermos entre dois candidatos: dois brasileiros probos, sábios, sensíveis aos anseios do povo, e eleger, entre os dois, o que se mostre o melhor.
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