Ao sentar para escrever este artigo, senti a responsabilidade imensa que carrego como deputada estadual de São Paulo diante do desafio global que é a emergência climática. A frase “pensar globalmente, agir localmente” faz todo sentido para mim nesta função.
Infelizmente temos testemunhado eventos climáticos extremos, a perda de biodiversidade e os impactos devastadores, principalmente sobre as comunidades mais vulneráveis. O cenário é nítido: nosso planeta clama por ações concretas e a COP28 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que acontece em Dubai entre 30 de novembro e 12 de dezembro, é a oportunidade que temos para propor ações que possam mudar esse rumo crítico e preocupante.
A COP, mais do que uma conferência internacional, é um espaço para renovar compromissos e a esperança de mudanças efetivas. Neste ano, as ações se concentram em acelerar a transição energética, cortar emissões de carbono antes de 2030 e colocar a natureza, as pessoas e as comunidades no centro das ações climáticas. É a hora de auxiliar os mais vulneráveis a se adaptarem às mudanças já em curso e garantir o financiamento climático pelos países desenvolvidos aos em desenvolvimento. A palavra-chave será mobilizar um encontro mais inclusivo, com a colaboração aos Povos Indígenas e às comunidades locais.
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A crise climática já está em nossa porta e São Paulo, com a sua posição de destaque no cenário brasileiro, deve liderar pelo exemplo. Somos a maior população do país, representando 22% dos brasileiros, mas também o 4º maior emissor de gases de efeito estufa, responsável por 6,5% das emissões brutas do Brasil. Em 2021, o estado emitiu cerca de 157 milhões de toneladas de CO2 e resgatou apenas 4,5% desse total.
Pensando nas possíveis ações locais, luto pela aprovação na Assembleia Legislativa de São Paulo do PL nº 759/2021, de minha autoria, que declara estado de emergência climática em São Paulo. Esta proposta obriga Governo e setor produtivo a integrar e articular ações de enfrentamento aos efeitos das mudanças do clima.
Além desse projeto, defendo também uma transição mais rápida para energias renováveis – com abandono do uso de diesel no transporte público metropolitano, ampliação do uso de soluções climáticas naturais e a implementação efetiva do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE). Não se trata de discurso, mas sim de estratégias e ações concretas.
PublicidadeNesse caminho, é importante ressaltar que a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, representará nosso país na COP28. Eleita uma das 100 lideranças climáticas mais influentes do mundo pela revista Time, sua participação será de extrema importância para garantir que as vozes do Brasil sejam ouvidas nas negociações.
A COP28 é uma chance única para São Paulo e o Brasil liderarem a transição para um futuro mais sustentável. É hora de agir, de implementar políticas eficazes e de cumprir nossas responsabilidades com as próximas gerações.
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