As grandes transformações e a definição dos rumos da história do Brasil têm as digitais de Minas. O 21 de Abril aguça esta consciência. Foi aqui, com Tiradentes e os Inconfidentes, que se moldou o sentimento libertário que sonhava com a soberania e a independência nacional. Cultivar a memória dos Inconfidentes é reavivar o patriotismo e a cidadania brasileira.
De Minas partiu o grito pela liberdade contra o arbítrio do Estado Novo com o Manifesto dos Mineiros em 1942.
Foi JK, com sua liderança e seu arrojado espírito empreendedor, que lançou as bases do Brasil moderno, da industrialização e da interiorização do desenvolvimento. Brasília, a meta-síntese, é o símbolo da integração nacional.
Foi a habilidade política e a visão nacional de Tancredo Neves que nos permitiram superar o regime autoritário e vivenciar o mais longo e profundo período democrático da nossa história.
Foi também um mineiro, Itamar Franco, que, diante de grave crise política e econômica, marcada pelo afastamento de um presidente da República, assegurou a estabilidade institucional e o fim da inflação crônica que vitimava o Brasil.
A história do Brasil é, portanto, marcada pelos valores e pelas ações de Minas e dos mineiros.
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Minas é de certa forma guardiã dos valores republicanos e democráticos. Minas em sua múltipla face dialoga fácil com a rica diversidade brasileira. Somos um pouco Nordeste, somos um pouco São Paulo. Temos o ambiente do agronegócio do cerrado e as fronteiras com o Rio e o Espírito Santo que nos aproximam. Talvez por isso a consciência de nacionalidade seja maior aqui. Compreendemos melhor o Brasil.
No Brasil do Século XXI, Minas está sendo chamada, mais uma vez, a erguer sua voz em defesa das profundas mudanças necessárias para assegurar o desenvolvimento sustentável acelerado e a melhoria substancial do padrão de vida da nossa gente. Não é tarefa fácil, não é uma agenda trivial. Decifrar os gargalos que temos na matriz fiscal e tributária, na organização do mercado de trabalho e de suas relações, nas tendências demográficas e em seus impactos no sistema previdenciário, no processo de inovação e desenvolvimento científico e tecnológico, na revolução educacional ainda por fazer, na qualificação das políticas públicas de saúde e infraestrutura, no enfrentamento do desafiador mundo globalizado e dinâmico.
O Brasil está perdendo oportunidades. Ficamos prisioneiros de armadilhas ideológicas e alinhamentos equivocados.
Minas foi o berço da liberdade, da soberania nacional e da industrialização. Minas é terra de ousadia e visão de futuro. Minas é terra de sonhos, mas também de luta. Não podemos nos contentar com um cenário de crescimento baixo e inflação alta, numa economia que retoma suas raízes primário-exportadora e patina na baixa produtividade e na curta capacidade de inovação.
É 21 de Abril, dia de reavivar o histórico compromisso de Minas com o Brasil. Em Ouro Preto, ecoará a voz de Minas mais uma vez instando o país a mudar de rumo!
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