A direção nacional do Patriota, legenda com seis deputados federais no exercício do mandato, concordou em entregar o comando total do partido no estado de São Paulo ao Movimento Brasil Livre (MBL), informou ao blog o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP).
Com isso, o MBL espera eleger quatro deputados federais e seis estaduais em São Paulo, contribuindo para que o partido atenda à chamada cláusula de barreira, isto é, aquilo que é exigido de uma agremiação para ter acesso ao fundo partidário e ao rádio e à TV. Em outras palavras, para sobreviver de fato.
De acordo com a Emenda Constitucional 97, para continuar tendo acesso à propaganda eleitoral e ao bilionário fundo partidário, cada partido deve ter pelo menos 2% dos votos válidos para a Câmara em todo o país, com no mínimo 1% em nove estados; ou então eleger 11 deputados federais em pelo menos nove unidades da federação.
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O acerto regional não se estende a composições nacionais, ficando o MBL livre para alianças na sucessão presidencial. Nesse caso, admite Kim, o movimento tende a optar pelo nome do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
Para que o acordo seja selado, porém, o MBL quer o apoio formal de Moro à candidatura do deputado estadual Arthur do Val (que disputou a Prefeitura de São Paulo em 2020 pelo Patriota) ao governo de São Paulo. Não estariam pedindo demais?, perguntei. A resposta de Kim: “Então o Moro vai apoiar quem? O Rodrigo Garcia, que é o candidato do Doria? O candidato do PT? Estamos pedindo apenas reciprocidade”. (Com Cynthia Araújo)
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