Existe ou existiu em algum momento um “kit gay”, criado pelo PT? Há algo que permita associar o ex-presidente Lula ao PCC, ao assassinato de Celso Daniel, a Susana Von Richtofen ou a Adélio Bispo, o autor da facada contra o presidente Jair Bolsonaro?
Lula, em algum momento, ameaçou acabar com o direito a férias e 13º? Foi declarado inelegível na disputa presidencial deste ano de 2022? Disse que compra votos de eleitores baianos oferecendo R$ 10 e pão com mortadela? É apoiado pelo empresário bolsonarista que negou marmita a uma eleitora petista?
Quem se informa pelo Congresso em Foco ou pelos muitos outros veículos que fazem jornalismo de verdade sabe que a resposta para todas essas perguntas é não. No entanto, tais seguidores do presidente Jair Bolsonaro disseminam-se sem parar, na rua e em redes digitais, influenciando a decisão de voto de milhões de pessoas, que acreditam em muitas dessas mentiras.
Por isso, a coligação de Lula (“Brasil da Esperança”) deu entrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido para que sejam removidos do Twitter “todos os tuítes, disponíveis no presente momento na plataforma, que veiculem notícias já entendidas por esse digno tribunal como sabidamente inverídicas”.
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No pedido, os advogados – Eugênio Aragão, Cristiano Zanin Martins, Angelo Ferraro e outros – alegam que o Twitter não está cumprindo adequadamente o memorando de entendimento firmado com o TSE para combater as fake news. Segundo eles, “diversas são as violências políticas propagadas pela plataforma que não são enfrentadas de forma rápida e efetiva”.
Além de solicitar a remoção de conteúdos falsos, os advogados da coligação de Lula pedem que o TSE tome providências para que seja obedecida a cláusula quinta do memorando de entendimento “para a célere identificação e contenção de casos e práticas de desinformação”.
Também indicam os principais porta-vozes da rede de desinformação bolsonarista. Entre eles, os filhos do presidente Bolsonaro, Carlos (apontado como coordenador da rede) e Eduardo; a deputada Carla Zambelli; o ex-ministro Ricardo Salles; os empresários Otávio Fakhoury e Marcelo de Carvalho; e veículos supostamente jornalísticos como Revista Oeste, Gazeta Brasil, Brasil Paralelo e Jornal da Cidade – veja a lista completa, mais abaixo, na íntegra do documento.
O pedido desencadeou imediata reação no campo bolsonarista, que o classifica como censura, conforme caracterizou a deputada distrital Júlia Lucy (União Brasil):
Veja a íntegra do pedido da coligação “Brasil da Esperança”, integrada por PT, PV, Rede, Psol, Avante, PCdoB, Psol, Pros e Partido Agir:
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