Dois meses depois, os atos golpistas do dia 8 de janeiro seguem vivos na memória dos habitantes do Distrito Federal. Segundo uma pesquisa do Instituto Opinião, 82,2% da população do DF defendem que os envolvidos na depredação e invasão às sedes dos Três Poderes sejam punidos. Desses, 42,2% acreditam que todos os participantes dos atos devem ser presos.
Para 13,4% dos entrevistados, a maioria dos envolvidos deveriam ser presos. Outros 26,6% acreditam que só algumas pessoas deveriam ser presas. Somente 5,9% defenderam que ninguém fosse preso. Ao todo, 11,9% não souberam responder ou não opinaram. Ao todo, cerca de 1,4 mil pessoas foram presas após os atos golpistas. Outros presos foram liberados após audiências de custódia, como pessoas com enfermidades, ou em decisões individuais dadas pelo STF. Cerca de 800 pessoas seguem presas.
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A maioria dos entrevistados (31,7%) classificou os envolvidos como “vândalos”; 23,2% os classificaram como “criminosos” e 19,9%, como “manifestantes insatisfeitos”. Para 13,7% dos entrevistados, “terroristas” é a palavra que melhor define os invasores. Somente 4,7% dos ouvidos classificaram os envolvidos como “antidemocratas”; enquanto 7% não soube responder ou não opinou.
A ampla maioria dos entrevistados (81,3%) se posicionou contra a invasão e destruição dos prédios dos Três Poderes. 9,3% se disse “indiferente”, enquanto somente 2,9% foi favorável aos atos. 6,4% não soube responder ou não opinou.
Sobre a atuação das forças de segurança do DF no dia dos atos, a maioria dos entrevistados (51,6%) acredita que ela “fizeram menos do que deveriam” para impedir a invasão aos prédios dos Três Poderes. 22,1% afirmaram que as forças “fizeram o que deveriam”, enquanto 16,8% não soube responder ou não opinou. 9,6% afirmou que as forças “fizeram mais do que deveriam”.
61,6% afirmaram que o presidente Lula (PT) “agiu bem” ao decretar intervenção federal na segurança pública do DF após os atos golpistas. 17,8% não concordou com a ação do presidente, enquanto 20,7% não soube responder ou não opinou.
A pesquisa também avaliou a atuação do interventor federal no DF, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli. 28,4% classificou a atuação de Cappelli como regular; 23,2% como boa; 11,7% como ótima; 5,4% como péssima; e 4,4% como ruim. 26,8% não soube responder ou não opinou.
O levantamento foi realizado entre os dias 10 e 12 de fevereiro. A margem de erro é de 3% e o índice de confiabilidade é de 95%. A pesquisa ouviu 900 moradores maiores de 16 anos das regiões administrativas de Riacho Fundo; Bandeirante; Guará; Gama; Santa Maria; Sobradinho; Planaltina; Paranoá; Itapoã; Ceilândia; Brazlândia; Águas Claras; Taguatinga; Samambaia; Recanto das Emas; Vicente Pires; Asa Norte; Asa Sul, Lago Norte; Lago Sul e Vila Planalto.
Confira a íntegra da pesquisa:
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