O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou que não concorrerá ao governo de São Paulo. Durante a convenção do PMB, realizada nesse domingo (31), o ex-ministro anunciou que tentará uma vaga para a Câmara dos Deputados, juntamente com o irmão Arthur Weintraub.
“A direita de verdade, conservadora, tá sem voz hoje. Nós não podemos correr o risco de não poder ter uma base representando a gente lá [no Congresso Nacional]. É nesse sentido que eu estou mudando a minha candidatura de governador para deputado federal, e o Arthur de senador para deputado federal também”, afirmou.
Weintraub foi o segundo ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro, ocupando o cargo de abril de 2019 até junho de 2020. Seguidor das ideias de Olavo de Carvalho, teve problemas na correção e atribuição de notas dos estudantes na edição de 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e tentou intervir na nomeação dos reitores das universidades federais durante sua gestão.
Além das polêmicas, o ministro não foi um bom gestor, sendo alvo de insatisfação no Congresso, no Supremo Tribunal Federal (STF) e na ala militar do governo. O estopim para a saída do ministro foi a participação em um ato contra o STF.
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Na última pesquisa Datafolha, realizada no dia 30 de junho, Weintraub tinha apenas 1% das intenções de voto para o governo de São Paulo. No cenário sem a participação de Márcio França (PSB), o também ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), liderava com 34%.
Em pesquisa do instituto Paraná Pesquisas divulgada nesta segunda-feira (1º), Haddad tem 33,2% das intenções de voto. Em segundo lugar está o ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 22,5%.
O atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), tem 14% e Vinicius Poit (Novo) tem 1,2%. A margem de erro é de 2,3 pontos percentuais.
A pesquisa foi feita com 1.880 eleitores do estado entrevistados pessoalmente. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº SP-03818/2022.
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