A ex-modelo e empresária Luiza Brunet tornou-se uma ativista dos movimentos contra a violência de gênero depois que ela mesma foi agredida em 2016 pelo seu ex-marido, o empresário Lírio Parissoto. Nessa condição, Brunet foi convidada para falar sobre o tema no Parlamento Europeu. Ela embarca em novembro para Bruxelas, capital da Bélgica, quando discutirá os termos de sua participação em uma palestra no próximo ano sobre violência de gênero, tráfico de pessoas e empreendedorismo.
O foco da preocupação do Parlamento Europeu é a migração forçada de mulheres para o continente, por meio de tráfico, que embarcam acreditando em promessas de trabalho.
O Parlamento Europeu recebe os mais importantes chefes de Estado do Mundo. Luiza está completamente engajada no tema em parceria com representantes do legislativo. O ativismo da empresária é baseado em dados e ela usa sua rede social, seguida por milhões para deixar o tema sempre presente. “O tema é latente no mundo inteiro, enquanto eu puder dar voz a estas mulheres continuarei neste trabalho”, destaca.
O Anuário Brasileira de Segurança Pública mostra que, no Brasil, uma mulher é vítima de feminicídio a cada sete horas. Isto significa dizer que, ao menos três mulheres morrem por dia simplesmente por serem mulheres.
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“Sinto-me muito honrada em participar dos debates no Parlamento Europeu. Minha expectativa é mostrar que muitos direitos já foram conquistados pela mulher. No entanto, precisamos ampliar a importância do nosso papel na sociedade. A valorização feminina depende de uma transformação que, tenho certeza, passa pelo acesso à educação, bem como pela melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas. É uma jornada da qual tenho o orgulho em fazer parte. O debate em torno da equidade de gênero precisa ser uma prioridade no enfrentamento da violência doméstica e, principalmente, para promover o desenvolvimento social”, explica a ativista, sem esconder a emoção. (por Rudolfo Lago)
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