A declaração do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, de que “Curitiba foi o germe do fascismo” causou revolta em vereadores da capital paranaense. Três iniciativas contra o ministro foram apresentadas. Entre elas, um projeto que revoga o título de cidadão honorário de Curitiba dado a Gilmar em 2002.
A proposta é do vereador Professor Euler (MDB) e deve ser analisada pela Câmara Municipal na semana que vem. Os parlamentares também vão analisar outras duas iniciativas: o requerimento de “Persona Non Grata” ao ministro, proposta pelo vereador Rodrigo Reis (União Brasil) e a moção de Desagravo à Cidade de Curitiba, formulada pelo presidente da Casa, Marcelo Fachinello (Podemos), e pela vereadora Indiara Barbosa (Novo).
Gilmar Mendes chegou a se retratar por meio do Twitter e afirmou que jamais quis ofender o povo curitibano. “Ontem, em entrevista ao Roda Viva, usei uma metonímia que merece explicitação. Jamais quis ofender o povo curitibano. Não foi Curitiba o gérmen do fascismo; foi a assim chamada “República de Curitiba” (Operação Lava Jato e os juízes responsáveis por ela na capital paranaense)”, escreveu o ministro.
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Alguns políticos paranaenses se manifestaram sobre a fala do ministro. “O ministro Gilmar Mendes certamente vai esclarecer uma fala infeliz, que ataca gratuitamente Curitiba e os paranaenses. O Paraná é terra de gente trabalhadora, que tem como norte o progresso, a lei e que repudia a corrupção e toda e qualquer forma de intolerância e preconceito”, afirmou o governador Ratinho Jr por meio das redes sociais.
O prefeito Rafael Greca (PSD) também comentou o episódio. “Não confundam o bom povo Curitibano e o grande nome da nossa amada Curitiba com qualquer briga política”, disse.
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