Sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, foi alvo da terceira fase da Operação Lesa Pátria da Polícia Federal (PF), realizada nesta sexta-feira (27).
Léo é primo de Eduardo, Carlos e Flávio Bolsonaro e sobrinho de Rogéria Nantes Bolsonaro, primeira esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em endereços de Léo em Brasília e no Rio de Janeiro.
Durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro, Léo Índio publicou no Instagram uma foto em que aparece na entrada do Congresso Nacional, próximo à rampa principal, com os olhos vermelhos depois de ter sido repreendido por policiais. “Focarão no vandalismo certamente. Mas sabemos a verdade. Olhos vermelhos = gás lacrimogêneo”, publicou.
O ministro Dias Toffoli foi sorteado relator no STF do pedido de investigação e prisão de Léo Índio movido pelo Coletivo de Direito Popular, grupo formado por advogados e estudantes de Direito ligados à Universidade Federal Fluminense (UFF).
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São cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em cinco estados e no DF.
As buscas estão concentradas na região Sudeste e Sul. No Espírito Santo, são quatro mandados de prisão e oito de busca e apreensão; em Minas Gerais, dois mandados de prisão e quatro de busca e apreensão; e no Rio de janeiro, um de prisão e nove de busca e apreensão. Também são cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão no Paraná e em Santa Catarina. No DF, são dois mandados de prisão e quatro de busca e apreensão.
Segundo a PF, são investigados os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.