Daqui a mais um pouco, a partir das 18h30, a senadora Simone Tebet, candidata do MDB à Presidência, estará ao vivo conosco no primeiro “Conversa com os Presidenciáveis”. Será a primeira entrevista da série de conversas que o Congresso em Foco fará este ano com os candidatos à Presidência da Repúblca.
E, na segunda-feira, dia 1º de agosto, faremos a segunda conversa com o deputado André Janones, candidato do Avante.
É curioso que a série de entrevistas do Congresso em Foco comece justamente por Simone Tebet e Janones. Porque é justamente nessas duas candidaturas que reside hoje, de acordo com as pesquisas, o fiel da balança que pode definir se as eleições deste ano serão resolvidas já no primeiro turno ou se irão para o segundo turno.
Veja aqui o comentário em vídeo:
Na última pesquisa do Instituto Ipespe, por exemplo, divulgada na segunda-feira (25), Simone aparece com 4% das intenções de voto e Janones aparece com 2%. Há na pesquisa mais 1% para Pablo Marçal, do Pros, e 1% para Felipe D’Ávila, do Novo. Se tais candidaturas fossem desconsideradas, mesmo sem redistribuir os votos, Lula teria os seus 44% e a soma de Bolsnaro com Ciro Gomes, do PDT, daria outros 44%. Retirando-se apenas Simone e Janones, os dois mais bem colocados abaixo de Ciro, fica 46% para os demais contra os 44% de Lula. Ou seja, segundo turno na margem de erro.
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Não é por acaso, portanto, que o PT de Lula tem feito investidas sobre Simone Tebet e André Janones. Talvez aposte que parte dos eleitores de Ciro Gomes possam considerar a situação e migrar seus votos. Mas com Ciro mesmo Lula não tem dialogado. No caso de Simone, até o último momento políticos emedebistas ligados a Lula, especialmente o senador Renan Calheiros, tentaram demover a candidatura de Simone. Quanto a Janones, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, procurou Janones convidando-o para uma conversa com Lula.
O fato é que, do ponto de vista político, tanto Simone quanto Janones sabem a essa altura que a presença deles na disputa valoriza o seu passe. E, nesse sentido, melhor manter as candidaturas para negociar. O ex-governador de São Paulo João Doria saiu da disputa. Quem hoje corre hoje atrás do apoio de Doria?
Em política, porém, nenhum detalhe deve ser desconsiderado. O MDB e os dois partidos coligados em apoio a Simone – PSDB e Cidadania – optaram por um formato virtual para a convenção desta quarta-feira (27). Não houve o investimento de uma festa no Maracanãzinho, como fez o presidente Jair Bolsonaro. Simone acompanhou a reunião da sua casa.
Seria o caso de se avaliar, então, que o MDB não investiu muito no evento de homologação da candidatura de Simone Tebet. Mas, por outro lado, essa tem sido realmente uma eleição atípica. Porque, nesse sentido, o PT também não investiu na homologação da candidatura de Lula. Na quinta-feira da semana passada, dia 21, o nome de Lula foi oficializado pelo PT numa reunião a portas fechadas, sem a presença nem de Lula nem do candidato a vice, Geraldo Alckmin, que estavam em outros eventos em Pernambuco.
Coisas de uma eleição de certa forma estranha… Polarizada especialmente entre dois candidatos, ameaçada rotineiramente por um dos candidatos, com violência e morte como no trágico caso de Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu. Sem debates ainda. Com poucas entrevistas também. Com pouca presença das pessoas nas ruas, pelo menos até este momento.
Nesse sentido, o Congresso em Foco vai cumprir o seu papel. Mais tarde, estaremos com Simone. Depois, com Janones. Esperamos ainda a marcação das entrevistas com os demais candidatos. Informação é fundamental para um voto consciente.
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