Em comunicado enviado à imprensa, os servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) anunciaram que intensificarão a mobilização em busca de reajustes salarias. A ação é uma repercussão direta da notícia de que o governo federal dará um aumento linear de 5% para todas as categorias.
Segundo a Unacon sindical, que representa os servidores da carreira de Finanças e Controle, o reajuste anunciado é “insuficiente diante da alta do custo de vida”. A entidade afirma que seria necessária uma reposição de 24% para retornar ao patamar remuneratório de janeiro de 2019.
O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com comercial@congressoemfoco.com.br.
Leia também
A mobilização seguirá em busca de uma negociação que “atenda às demandas da categoria, que são, prioritariamente, o alinhamento remuneratório com carreiras correlatas do Executivo Federal, além da preservação ao longo do tempo do poder de compra dos salários.”
Em Assembleia Geral Extraordinária realizada nessa quarta-feira (13), os servidores do Tesouro Nacional definiram uma nova paralisação para o dia 20, quando será realizada uma nova assembleia.
“Os servidores da carreira de Finanças e Controle permanecem mobilizados e dispostos a intensificar o movimento, inclusive com a decretação de greve, caso o governo não apresente proposta que atenda aos pleitos já apresentados”, conclui o comunicado.
Confira a íntegra do comunicado:
“A recomposição geral de 5% das remunerações dos servidores federais, anunciada por representantes do governo nesta quarta-feira, 13 de abril, é insuficiente diante da alta do custo de vida e também não impede a concretização do desalinhamento remuneratório entre carreiras de Estado do Executivo sinalizado pelo mesmo governo no início deste ano. O anúncio do percentual não repõe nem mesmo a inflação do último ano e mantém o cenário de perdas acentuadas para a carreira de Finanças e Controle.
Segundo levantamento do Unacon Sindical, para retornar ao patamar remuneratório de janeiro de 2019, data do último reajuste, é necessária uma reposição de 24%. O mesmo cálculo evidencia que o salário real dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle se encontra no menor patamar dos últimos 13 anos e, ainda, que as perdas acumuladas desde 2009 podem chegar, ao fim deste ano, a 40%.
Diante disso, o UNACON Sindical informa que os servidores do Tesouro Nacional (STN) e da Controladoria-Geral da União (CGU) intensificarão a mobilização nos próximos dias, visando negociação que atenda às demandas da categoria, que são, prioritariamente, o alinhamento remuneratório com carreiras correlatas do Executivo Federal, além da preservação ao longo do tempo do poder de compra dos salários.
Ontem, 13, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), foi deliberada nova paralisação na STN, na quarta-feira, 20, data da próxima AGE, e a realização do Dia Nacional de Mobilização, em 4 de maio, em frente à sede da CGU, em Brasília. Nessa ocasião, caravanas de servidores do Órgão de todo o país vão se unir em um ato público pela valorização da carreira.
Também será mantida a operação padrão na STN e deliberada, em conjunto com outras entidades representativas, uma data unificada para entrega de cargos em comissão.
Os servidores da carreira de Finanças e Controle permanecem mobilizados e dispostos a intensificar o movimento, inclusive com a decretação de greve, caso o governo não apresente proposta que atenda aos pleitos já apresentados.”