Investigações preliminares da Polícia Civil do Espírito Santo não apontam que o sequestro da vereadora trans Larissa Bortolloto (Republicanos-ES), ocorrido na segunda-feira (23) e encontrada no mesmo dia, em Rio Novo do Sul, tenha ocorrido por motivação política. Foram presos dois homens – um de 28 anos e um menor de 17 anos – e outros dois, que se encontravam na casa usada como cativeiro, conseguiram fugir com a chegada da polícia.
“Segundo todos os levantamentos, o caso caminha para um crime patrimonial. Os sequestradores almejavam o dinheiro da vítima. Eles estavam estabelecendo um ponto de tráfico em Rio Novo do Sul. Inclusive, os dois indivíduos que conseguiram fugir também estão sendo investigados por um homicídio que ocorreu recentemente na mesma cidade”, declarou o delegado Faustino Antunes, superintendente de Polícia Regional Sul do estado capixaba, responsável pelas investigações, em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (23).
A polícia chegou até os criminosos na noite de segunda após receber informações de que o irmão de Larissa se encontraria com os homens para o pagamento do resgate. A princípio, os sequestradores exigiram R$ 250 mil, mas baixaram o valor para R$ 100 mil. A polícia capixaba seguiu o irmão da vereadora, também conhecida como Lari Camponesa, e acabou realizando a prisão.
“O irmão da vítima não queria que a polícia intercedesse. Mas recebemos informação anônima do local onde ocorreria o pagamento do resgate”, explicou o delegado do caso.
Junto com os bandidos, que se mantiveram calados, foram encontradas um revólver calibre 38, uma pistola 9mm, uma calibre 12, uma submetralhadora, balança de precisão, 20kg de maconha e dinheiro. Eles responderão por crime de extorsão mediante sequestro. O criminoso maior de idade, ainda responderá por aliciamento de menor.
PublicidadeO sequestro
A vereadora trans Larissa Bortollote (Republicanos-ES) foi vítima de um sequestro na cidade de Rio Novo do Sul na manhã de segunda-feira, às 7h. Mais conhecida como Lari Camponesa, a vereadora estava numa chácara de propriedade do seu pai.
De acordo com informações da Secretaria de Segurança do Espírito Santo, Larissa estaria no curral da chácara com mais dois familiares quando chegaram dois homens armados em um veículo. Todos foram ameaçados e tiveram pés e mãos amarrados. A vereadora de 27 anos teria sido jogada dentro do carro e levada para local desconhecido.
Segundo informações de uma das testemunhas, os suspeitos disseram que não fariam mal à vereadora e que manteriam contato telefônico com a família. Horas depois, um irmão de Larissa recebeu uma ligação exigindo a quantia de R$ 250 mil de resgate.
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