O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro, conseguiu atingir a sua primeira meta de arrecadação para sua campanha, recebendo R$ 100 mil em doações de apoiadores de sua candidatura. Esse valor garante a manutenção de sua disputa após a decisão da Executiva Nacional do partido de não lhe fornecer acesso ao fundo eleitoral para preservar a aliança com o PT nessas eleições.
Molon é um dos dois principais competidores entre partidos de esquerda para a cadeira do Senado no Rio de Janeiro. Sua campanha conta com apoio da Rede, Cidadania e Psol. O outro é o deputado estadual André Ceciliano, do PT. Este já conta com o apoio do PV, do Solidariedade e do PCdoB, além de ter seu nome defendido por quadros do MDB, União Brasil e do PP, com quem preserva alianças na baixada fluminense.
As duas candidaturas foram motivo de atrito entre os diretórios fluminenses do PSB e do PT, resultando na ameaça de uma ruptura do último com a campanha de Marcelo Freixo (PSB-RJ) para o governo estadual. O meio termo acordado entre as executivas nacionais dos dois partidos seria a de que tanto Ceciliano quanto Molon manteriam suas candidaturas, mas a chapa seria formada apenas com o petista. Com isso, o candidato do partido socialista estaria competindo por conta própria, sem receber recursos do fundo eleitoral.
Ceciliano e Molon contam com vantagens opostas: o petista conta com amplo apoio político. Molon, por outro lado, pontua melhor nas pesquisas, mas tem pouco apoio político. A vantagem nas intenções de voto, ao seu ver, é a mais importante. “A nossa candidatura é a única no campo democrático que tem condições reais de derrotar o candidato do bolsonarismo, que é Romário (PL-RJ)”, declarou em seu Twitter, em agradecimento às doações.
De acordo com a pesquisa eleitoral do Ipec divulgada no último mês de julho, Romário está no topo das pesquisas para o Senado no Rio de Janeiro, com 30% das intenções de voto. Alessandro Molon está em terceiro lugar, com 9%, e Ceciliano em sexto lugar, contando com 4% das intenções de voto. Brancos e nulos somam 24% das intenções, e outros 8% se consideram indecisos.
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