Uma equipe da TV Bahia, afiliada da Globo, e outra da TV Aratu, que retransmite o SBT no estado, foram agredidas nesse domingo (12), em Itamaraju (BA), por seguranças e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, durante a visita dele à região atingida pela chuva no extremo sul do estado. Integrantes da equipe de segurança do presidente usaram de violência para impedir que repórteres das duas emissoras se aproximassem de Bolsonaro para entrevistá-lo.
A repórter Camila Marinho, da TV Bahia, chegou a receber um golpe “mata-leão” de um segurança. A pochete dela foi arrancada por um apoiador do presidente e depois recuperada pelo repórter de outra emissora. Os jornalistas da TV Aratu Xico Lopes e Dário Cerqueira também foram agredidos.
Em nota a TV Globo cobrou do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da República que garantam o direito constitucional da imprensa de ter segurança e lembrou o episódio de violência que ocorreu em 31 de outubro contra jornalistas brasileiros na Itália.
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“As agressões deste domingo mostram que já passou da hora de a Procuradoria-Geral da República dar o seu parecer na ação que corre no Supremo, tendo como relator o Ministro Dias Toffoli. A imprensa cumpre um direito inscrito na Constituição e deve ter a sua segurança garantida.
As cenas bárbaras deste domingo e aquelas ocorridas na Itália, no dia 31 de outubro, ensejam duas constatações. Se os seguranças agem por contra própria, a Presidência deve ser responsabilizada por omissão. Se agem seguindo ordens superiores, a Presidência deve ser responsabilizada por atentar contra a liberdade de imprensa e fomentar a violência contra jornalistas.
Além disso, é escandalosa a atitude da Presidência de deixar jornalistas à própria sorte, em meio a apoiadores fanáticos, que são insuflados quase diariamente pelo próprio presidente em sua retórica contra o trabalho da imprensa.
Frente aos evidentes e graves riscos enfrentados por repórteres de todos os veículos, é urgente que o Judiciário se pronuncie. A Globo repudia as agressões aos repórteres Camila Marinho e Clériston Santana, da TV Bahia, e aos repórteres Xico Lopes e Dário Cerqueira, da TV Aratu, e se solidariza com eles.”
ABI e organizações de classe repudiam ação de Bolsonaro após agressões a jornalistas
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