O ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) é um dos alvos de uma operação da Polícia Federal que investiga supostas fraudes em convênios de prefeituras do estado de Roraima. Segundo o portal G1, a operação deflagrada nesta quarta-feira (23) cumpre 22 mandados de busca no estado expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal de Roraima, inclusive na casa do ex-senador, em Boa Vista.
A investigação da PF apontou que três empresas de engenharia pagavam propinas que eram repassadas ao ex-senador e a servidores públicos que colaboravam com o esquema. As empresas investigadas seriam responsáveis pela execução de mais de R$ 500 milhões em contratos com prefeituras no estado em convênios com o governo federal entre 2012 e 2017. De acordo com investigações da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU), ao menos R$ 15 milhões foram pagos em propina no esquema.
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A PF também aponta indícios de que o ex-senador interferia nos convênios em que houvesse a aplicação de verbas federais viabilizadas por ele. O parlamentar inclusive “travaria” o pagamento das emendas parlamentares de sua autoria caso não recebesse o repasse das propinas. Os recursos seriam repassados para Jucá por meio de familiares e de empresas e de empresas de que são sócios.
Romero Jucá cumpriu três mandatos consecutivos como senador, mas não conseguiu se reeleger após 2018. Ele ficou em segundo lugar nas eleições deste ano, com 91.431 votos. O ex-senador também foi Ministro da Previdência Social em 2005 e do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão do Brasil em 2016.
Os envolvidos podem responder por fraude em licitação corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A pena pode chegar a 35 anos de prisão.
O Congresso em Foco entrou em contato com Romero Jucá, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
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