Com 90,11% das urnas apuradas, a disputa eleitoral para a cidade de São Paulo está definida. O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que recebeu 59,57% dos votos válidos, derrotou o deputado Guilherme Boulos (Psol), que alcançou 40,43%. O resultado representa uma derrota para o presidente Lula e o PT, que abriu mão da cabeça de chapa para apoiar Boulos. Por articulação de Lula, a ex-prefeita Marta Suplicy voltou ao partido para ser vice do candidato do Psol. Por outro lado, significa uma vitória expressiva do governador Tarcisio de Freitas (Republicanos), que mergulhou desde o início na candidatura de Nunes.
Ricardo Nunes iniciou a trajetória política em 2012, quando foi eleito vereador, sendo reeleito em 2016. Em 2020, concorreu na chapa de Bruno Covas, do PSDB, como vice-prefeito. Em maio de 2021, com a morte do líder tucano, vítima de um quadro grave de câncer, o emedebista assumiu em definitivo a prefeitura paulista.
Confira o resultado do município:
Ricardo Nunes – 59,55%
Guilherme Boulos – 40,45%
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Nulos – 6,77%
Brancos – 3,67%
O outro candidato ao segundo turno foi Guilherme Boulos, professor de filosofia eleito deputado federal em 2022. Boulos passou por uma trajetória marcada pela atuação em movimentos sociais de reivindicação por moradia, sendo uma das principais lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Ele concorreu à presidência da república pelo mesmo partido em 2018, e já tentava a prefeitura de São Paulo em 2018.
Nunes terá como vice um membro do grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro: o coronel aposentado Mello Araújo, da Polícia Militar de São Paulo, filiado ao PL. A participação de Bolsonaro na eleição de Nunes foi titubeante. O grupo do presidente chegou a se dividir no primeiro turno, com algumas lideranças apoiando Pablo Marçal (PRTB), terceiro colocado.
A disputa foi quente, com intensas trocas de acusações e baixarias nos debates. Neste domingo, o governador Tarcisio de Freitas deu uma declaração associando Boulos ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O candidato esquerdista entrou com ação no Tribunal Regional Eleitoral, pedindo a inelegibilidade de Tarcisio e Nunes por abuso do poder econômico.
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