O professor e geógrafo Reginaldo Veras costuma surpreender quem acompanha a política do Distrito Federal. Foi assim ao se eleger deputado distrital pela primeira vez, em 2014, e também quatro anos depois, ao se reeleger com mais que o dobro da votação anterior. Voltou a enfrentar a descrença até mesmo de pessoas próximas ao se lançar candidato a deputado federal nas eleições deste ano. E deu certo!
Cearense de Crateús, que completará 50 anos em janeiro, não apenas venceu como obteve a maior parte dos seus 54.557 votos na região de Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. Essas três cidades foram a principal fonte dos 910 mil votos que Jair Bolsonaro alcançou no DF no primeiro turno (Lula teve 650 mil).
Eleito deputado federal, passou a se dedicar em tempo integral à busca de votos para a chapa Lula/Geraldo Alckmin. Reginaldo Veras diz que o maior desafio é “melhorar a capacidade de comunicação, principalmente com o eleitor mais pobre”, que ficou refém das fake news. Faltou, no seu entender, uma resposta à altura para a pauta de costumes e para a corrupção “usando a linguagem popular”. O caminho, acrescenta, é atingir o coração, não a mente das pessoas.
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Mas está otimista. Conta que, em Brasília, o aumento de carros circulando com a propaganda de Lula indica que “as pessoas deixaram de se intimidar e estão explicitando a vontade e o desejo de votar no presidente Lula”. Por que o receio e por que a mudança? “Havia um temor da população: medo do carro ser apedrejado, medo do carro ser riscado, medo das pessoas se manifestarem. Porque o outro lado é intimidador, ele oprime. A galera percebeu que ou a gente fala o que quer agora ou pode ficar quatro anos com opressão ainda maior.”
Veja em vídeo com o depoimento do deputado do PV:
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