A Avenida Paulista, no coração de São Paulo, foi palco, nesta sexta (15), da manifestação de trabalhadores contra a escala de trabalho 6×1, isto é, seis dias consecutivos de trabalho e um de folga, e em apoio à proposta de emenda Constitucional (PEC) de autoria da deputada Erika Hilton (Psol-SP) que derruba essa regra.
Lista: veja quais deputados do seu estado já assinaram a PEC
“Outros países do mundo, com economias fortes, já mudaram a sua escala de trabalho e seguem firmes. Estudos nos apontam que a diminuição da jornada de trabalho melhora a produtividade, porque o trabalhador está descansado”, discursou a deputada. “Vamos para cima deles. Vamos cobrar, vamos exigir mudança. Vamos exigir transformação em uma escala que não traz nenhum tipo de dignidade, respeito e qualidade de vida para classe trabalhadora”.
Além da capital paulista, cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte receberam protestos, que contam com a adesão de integrantes dos movimentos sociais e centrais sindicais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), bem como partidos políticos.
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No Rio, a movimentação ocorreu na Cinelândia, área central da cidade, que recebe a reunião da cúpula do G20, grupo das maiores economias mundiais. Em Belém, estudantes se reuniram às 8h30 na praça do Operário, no bairro de São Brás, e entraram em um shopping para protestar. Vitória e Porto Alegre marcaram protestos para esta tarde.
A PEC pelo fim da escala 6×1 ganhou repercussão nas redes sociais, reacendendo o debate sobre a jornada de trabalho e ofuscando duas outras propostas que já tramitam na Câmara, desde 2019, e no Senado, desde 2015.
O texto ainda não foi protocolado, mas já ultrapassou as 171 assinaturas necessárias para iniciar a tramitação, com 233 signatários.
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