A executiva nacional do Podemos divulgou uma nota em que libera seus diretórios e filiados para que apoiem a candidatura que preferirem no segundo turno das eleições presidenciais e estaduais. A decisão se deu diante do entendimento do partido de que cada região possui demandas distintas, o que pode afetar a avaliação dos estados com relação às candidaturas de Lula (PT) e Bolsonaro (PL).
O Podemos foi um dos partidos que compuseram a coligação de Simone Tebet (MDB-MS), que ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais. Após o pleito, a sigla entrou em uma discussão interna, e se tornou o último membro do bloco a se manifestar sobre o segundo turno. A liberação dos diretórios foi unânime na frente partidária, que também inclui o PSDB, o MDB e o Cidadania.
Dentro do Podemos, a tendência é de apoio a Bolsonaro. O partido foi o principal entusiasta da Operação Lava Jato, e chegou a lançar o nome de Sergio Moro para presidente da república, antes de sua mudança para o União Brasil. No Congresso Nacional, o Podemos conta com quadros que em diversos momentos se manifestaram em defesa do presidente: entre eles, Eduardo Girão (Podemos-CE), um dos senadores que se opuseram ao grupo majoritário da CPI da covid-19, e Lasier Martins (RS), autor de um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral e principal rival de Bolsonaro no judiciário.
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No poder executivo, o Podemos inclusive já deu seu aceno em favor de Bolsonaro: em São Paulo, o diretório estadual declarou na quarta-feira (5) o apoio à candidatura de Tarcísio de Freitas, nome indicado pelo presidente para concorrer ao governo do estado contra o petista Fernando Haddad.
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