As executivas nacionais do Podemos e do PSC anunciaram nesta terça-feira (22) o início de seu processo de fusão. O novo partido terá, na próxima legislatura, 18 deputados e seis senadores, compondo assim a oitava maior bancada da Câmara dos Deputados e a sexta maior do Senado. A nova legenda preserva o nome do Podemos, e adota o número 20, atualmente do PSC.
De acordo com a presidente do Podemos, Renata Abreu, a aproximação dos dois partidos já era uma tendência antiga. “É uma união que começou lá atrás, com a união de Álvaro Dias [candidato] a presidente, Paulo Rabello a vice, uma união por um projeto nacional e que hoje se consolida de forma mais efetiva”, declarou. Trata-se da segunda união na história do Podemos, que em 2018 incorporou o PHS.
As duas executivas vão se reunir para convenção conjunta no próximo dia 8, buscando acertar detalhes sobre o funcionamento da nova legenda, bem como sobre quem deverá assumir sua presidência. De acordo com o presidente do PSC, pastor Everaldo Pereira, somente após essa convenção é que o partido deverá decidir sobre quem apoiar para as presidências da Câmara e do Senado, bem como a postura a ser adotada em relação ao próximo governo.
Ao longo das últimas legislaturas, o Podemos transitou entre momentos de apoio e oposição a cada governo, trilhando seu próprio caminho: votou contra o impeachment de Dilma Rousseff, e logo em seguida compôs o governo de Michel Temer. Foi o primeiro partido a romper com Temer, e lançou candidatura própria em 2018. Na gestão Jair Bolsonaro, manteve apoiadores do presidente em seus quadros, como Eduardo Girão (CE) e Lasier Martins (RS), ao mesmo tempo que apoiou a campanha presidencial de Simone Tebet (MDB-MS).
Igor Timo, líder da bancada do Podemos na Câmara, afirma que a tendência do novo partido é continuar no mesmo caminho. “Essa união já apresentou e vai continuar apresentando alternativas e propostas de construção para um país mais próspero e mais justo. (…) Nós fugimos dos extremos para sermos uma alternativa nobre”, declarou. Ele conta que as bandeiras do próximo partido serão a responsabilidade fiscal e a responsabilidade social na gestão pública.
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