A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (7) a 5ª fase da Operação Lesa Pátria, que apura os envolvidos nos atos golpistas realizados em Brasília (DF) no dia 8 de janeiro. Entre os mandados de prisão cumpridos pela corporação, está o do ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF (PMDF), coronel Jorge Eduardo Naime Barreto.
Barreto era o comandante da PMDF no dia dos atos golpistas, mas documentos obtidos pelo portal Metropóles apontam que ele pediu dispensa entre os dias 3 e 8 de janeiro. Seu último dia de folga coincidiu com a invasão das sedes dos três poderes.
Também foram presos o tenente Rafael Pereira Martins, o capitão Josiel Pereira César, ajudante de ordens do comando-geral da PM-DF, e o major Flávio Silvestre de Alencar. Em uma filmagem realizada no dia dos atos, Alencar aparece liberando o acesso para que os golpistas entrassem no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao todo, a PF cumpre no Distrito Federal três mandados de prisão temporária, um mandado de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF. São apurados os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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Segundo um balanço da PF, até esta terça-feira já foram cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 31 mandados de busca e apreensão. Desde a terceira fase da operação ela se tornou permanente, com a PF divulgando “atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”.
No Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino destacou que a Polícia Federal segue investigando os fatos ocorridos no dia 9 de janeiro. “As apurações estão sendo entregues ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para as providências cabíveis. O Estado de Direito tem o dever de se proteger contra seus ‘homicidas’”, afirmou Dino.
Polícia Federal segue fazendo trabalho de investigação dos fatos ocorridos no dia 8 de janeiro. As apurações estão sendo entregues ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para as providências cabíveis.
O Estado de Direito tem o dever de se proteger contra seus “homicidas”— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) February 7, 2023
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