As ações que dificultam o transporte de eleitores neste domingo (30) em rodovias brasileiras foram planejadas pelo núcleo duro da campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde a noite do dia 19 de outubro. A equipe do presidente, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, se reuniu no Palácio da Alvorada, em Brasília, para tomar as decisões que achavam fundamentais para garantir a vitória do governo no segundo turno.
A decisão sobre a ação protagonizada neste domingo pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que dificulta o transporte de eleitores, sobretudo na região Nordeste, onde o ex-presidente Lula (PT) goza de maior popularidade, foi tomada desde a madrugada do dia 19.
Além da PRF, os chefes dos órgãos que auxiliam a Justiça Eleitoral, como as Forças Armadas e Polícia Federal (PF), foram instruídos para que os seus comandados ficassem atentos ao “transporte irregular” de eleitores. Obviamente, como afirma o colunista, nunca se tratou de uma preocupação com a marca da imparcialidade. A expectativa era barrar exclusivamente a locomoção de eleitores do petista.
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“Nem seria preciso dar uma ordem explícita para nada. Como o efetivo dessas forças policiais é basicamente composto de simpatizantes do presidente, a consequência de uma operação como essa é óbvia”, disse um integrante da campanha de Bolsonaro à coluna.
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