Durante sabatina à Globo News nesta terça-feira (22), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), negou os boatos de que um de seus planos para um eventual próximo mandato seria destinar a Secretaria de Educação a um nome indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de sua campanha. O candidato à reeleição afirma que a escolha da chefia da pasta será por algum membro de seu próprio grupo político.
Nunes abordou o tema quando questionado sobre a possibilidade de, uma vez reeleito, sua gestão atribuir maior peso à vontade de Jair Bolsonaro em seu secretariado. Ele negou qualquer tipo de acordo nesse sentido. “Eu falei com todos os partidos que me apoiam, eu não fiz acordo por secretaria com nenhum. A escolha será minha, porque eu que serei cobrado”, declarou.
O PL, partido de Bolsonaro, é o mais forte na coligação de Nunes, com sete vereadores eleitos para a Câmara Municipal de São Paulo – atrás apenas do PT, que elegeu oito. O PL também é a sigla de seu candidato a vice-prefeito, o coronel Ricardo de Mello Araújo, indicação do ex-presidente.
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Além do peso do PL na consolidação de sua governabilidade, a possibilidade de acordo por uma escolha bolsonarista no secretariado de Nunes ganhou força após o prefeito declarar, no último dia 10, durante entrevista no programa Balanço Geral (TV Record), que aceitaria uma indicação do ex-ministro Paulo Guedes para sua Secretaria da Fazenda, substituindo o atual chefe da pasta, Samuel Yoshiaki Oliveira Kinoshita.
O prefeito disse ainda que tomou conhecimento de uma cobrança para a Secretaria de Educação pela imprensa. “Vai ser alguém ligado a mim. […] Bolsonaro nunca me pediu nenhuma indicação”, garantiu. Por outro lado, admitiu que a escolha de Mello Araújo como vice foi mesmo por indicação do ex-presidente.
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