Morreu nesta sexta-feira (5), em São Paulo, Luiz de Orléans e Bragança, de 84 anos. Bisneto da princesa Isabel, ele era tio do deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) e um dos militantes mais ativos da família no grupo de direita Tradição, Família e Propriedade (TFP).
Internado deste o dia 10 de junho, no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, Luiz de Orléans e Bragança passou duas vezes pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas foi transferido para um quarto.
No dia 8 de julho, secretários de Luiz informaram nas redes sociais que o seu quadro de saúde era irreversível e que a unidade de saúde estaria realizando, a partir daquele momento, cuidados paliativos.
Luiz de Orléans nasceu na França, em 1938, e só voltou ao Brasil com parte de sua família em meados da década de 1940. Ele fazia parte do que os monarquistas e analistas chamam de Ramo de Vassouras. Seu pai, Pedro Henrique de Orléans e Bragança (1909-1981) lhe proporcionou estudos na Europa, como o curso de química na Universidade de Munique.
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Na infância, Luiz de Orléans e Bragança teve poliomielite e recentemente foi diagnosticado com Alzheimer. As duas doenças levaram ao descendente dos imperadores brasileiros a desenvolver um quadro de fraqueza muscular.
Pretenso trono
Luiz de Orléans e Bragança era o chefe do Ramo de Vassouras. Para parte de sua família, ele seria o imperador do Brasil caso o país ainda adotasse o regime monárquico. Porém, para o jurista Paulo Napoleão Nogueira, que teve sua tese de Doutorado em Direito orientada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), a coroa seria do seu primo, Pedro Carlos de Orléans e Bragança (1945).
Esse parecer jurídico confere a Pedro Carlos o tratamento de chefe da Família Imperial do Brasil, reconhecimento que é dado por outras casas reais no mundo, como a espanhola. O rei emérito Juan Carlos I, da Espanha, é primo em primeiro grau de Pedro Carlos.
Ao contrário de Vassouras, que tem parte de seus membros ligados ao bolsonarismo e pautas conservadoras, o ramo petropolitano é reconhecido por ser mais liberal e foi o primeiro a chegar ao país logo após a revogação da Lei do Banimento, na década de 1920.
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