O ex-deputado estadual paulista Campos Machado morreu aos 84 anos neste sábado (6) vítima de um quadro intenso de leucemia. O parlamentar assumiu oito mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp), onde ocorre desde às 13h30 o seu velório, em cerimônia aberta ao público. Machado foi, por décadas, uma das principais lideranças do antigo PTB (atualmente incorporado ao PRD).
Advogado criminalista, Campos Machado assumiu a defesa jurídica do ex-presidente Jânio Quadros, que o introduziu à política. Assumiu seu primeiro mandato na Alesp em 1987, permanecendo até 2023, totalizando 36 anos de atividade como deputado estadual. Foi autor de mais de 4 mil leis, aprovando mais de 200 destas, destacando-se em pautas da bandeira trabalhista.
Considerado uma das grandes vozes do PTB em São Paulo, Machado criou proximidade com outras lideranças locais, como o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o atual vice-presidente da república, Geraldo Alckmin. Crítico à aproximação do então presidente da sigla, Roberto Jefferson, ao governo de Jair Bolsonaro, o parlamentar saiu do partido em 2020, migrando para o Avante. Em 2023, passou para sua última legenda, o PSD.
“A sua extraordinária trajetória pessoal, na advocacia e na política, que marcou gerações, não será esquecida, ao contrário, servirá, de agora em diante, como luzeiro para todos que sonham com uma sociedade mais justa e fraterna”, publicou em nota a sua família. Seus familiares também anunciaram que darão continuidade à Frente Cidadã, movimento social fundado por Campos Machado para articular projetos e programas em defesa dos direitos trabalhistas.
Geraldo Alckmin também se pronunciou, referindo-se ao político como “um grande amigo” , que em vida “foi fiel aos compromissos que assumia, sempre orientados pelos ideais de defesa da democracia e do respeito às instituições e aos poderes legitimamente constituídos”.
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