O ex-juiz Sergio Moro disse nesta sexta-feira (28) em live com o deputado federal Kim Kataguiri (DEM – SP) que seu salário nos Estados Unidos seria de US$ 45 mil dólares mensais, o equivalente a R$ 241,8 mil mensais.
“Era exatamente o que eu recebia. Eu tenho aqui um recibo. Lá, o pagamento era quinzenal. Somando todos os descontos de impostos e pagamentos, no fundo dava metade, uns 24 mil dólares mensais. Era basicamente isso: 45 mil dólares por mês. Eu recebia parte disso em reais, aqui no Brasil, e depois passei a receber lá nos Estados Unidos diretamente”, disse ele.
Moro reconhece que recebeu ao longo do ano que trabalhou para a Alvarez&Marsal um bom salário, mesmo para os padrões norte-americanos. Mas rejeita a ideia de que tenha enriquecido. “Ficam falando que eu enriqueci. Eu não enriqueci. Eu recebi um bom salário, tá? Além de todo o histórico, o reconhecimento internacional pelo meu trabalho na Lava Jato. Então, é normal, diante de todas essas qualificações, você tenha um salário bom pelos padrões americanos”, argumentou o ex-juiz.
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“Eu nunca trabalhei para a Odebrecht”, prosseguiu Moro. Na verdade, eu desmantelei o império da Odebrecht. Jamais recebi um tostão [da Odebrecht], assegurou.
Veja aqui o documento de prestação de contas apresentado por Moro durante a live:
O pré-candidato à Presidência da República disse ainda, durante a transmissão, que era tudo documentado e que no Brasil os pagamentos eram em valores já convertidos em real e destinados à empresa que criou, a “Moro Consultoria”. “Tudo foi declarado pago, CNPJ, tudo documentado. Nada foi feito escondido, tudo foi feito com muita clareza”, admitindo ser um “excelente salário”.
PublicidadeO ex-ministro de Bolsonaro declarou que houve um “bônus de contratação” de US$ 150 mil, ou na conversão, pouco mais de R$ 800 mil. Mas, precisou devolver parte da bonificação, “cerca de R$ 67 mil”, por ter encerrado seu contrato antecipadamente.
Sergio Moro aproveitou a oportunidade para desafiar o presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula a abrirem suas contas também. O ex-juiz pediu para que Lula divulgasse as contas do sitio de Atibaia (SP) e os valores recebidos pelas palestras da Odebrecht. Em relação a Bolsonaro, desafiou-o a divulgar as verbas do gabinete parlamentar e os ganhos com as chamadas “rachadinhas”.
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