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conclui que a renovação nas Assembleias Legislativas tende a ser baixa, especialmente em função do elevado percentual de candidatos à reeleição: 80,16%.
Dos 1.059 deputados estaduais, incluídos os deputados distritais de Brasília, 849 concorrem à reeleição e os outros 210 fizeram outras opções político-eleitorais. Destes, 71 não disputam nenhum cargo; 104 são candidatos a deputado federal; 14 vão tentar se eleger para o Senado; nove tentam o governo de seus estados; oito são candidatos a vice-governador; dois figuram como segundo suplente de senador; um é candidato a vice-presidente da República; e um compõe chapa como primeiro suplente de senador.
Os estados com maior percentual de candidatos à reeleição são Amapá, com 95,83%; Rio Grande do Norte, com 91,67%, e Rondônia, com 91,67%. O Estado com menor percentual de postulante à recondução ao mandato é Rio de Janeiro, com 65,52%. Entre as 27 Assembleias Legislativas, em apenas dez o percentual de candidatos à reeleição é inferior a 80%.
Quando se analisa o percentual de candidatos à reeleição por região, verifica-se que a região Norte é a que tem mais postulantes à renovação do mandato, 84,15%, seguida da região Nordeste, com 82,16%, da região Centro-Oeste, com 78,03%, da região Sudeste, com 78,52%, e da região Sul, com 79,23%.
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As regiões com maior número de deputados estaduais disputando um mandato para a Câmara dos Deputados são a Nordeste, com 32 nomes, seguida da Sudeste com 30. As demais, ficam abaixo de 20 nomes, casos das regiões Sul, com 18, da Norte, com 16, e da Centro-Oeste, com oito.
Os estados com maior número de deputados estaduais concorrendo ao cargo de deputado federal são Rio de Janeiro, com 12, Bahia e Minas Gerais, com oito cada, e Rio Grande do Sul, com sete. Apenas Roraima não tem nenhum deputado estadual concorrendo à Câmara Federal, todos os demais têm pelo menos um candidato.
O número de deputados estaduais que aspiram se eleger deputado federal, 104, é praticamente igual ao número de deputados federais que não são candidatos à reeleição. Se a maioria dos deputados estaduais que disputam uma vaga na Câmara Federal for eleita, na prática haverá uma circulação no poder, com os deputados estaduais assumindo as vagas dos federais que desistiram da reeleição.
Os dados deste levantamento nos indicam claramente duas tendências: a primeira de baixa renovação real, já que as vagas que deixarem de ser preenchidas com a reeleição serão ocupadas por ex-ocupantes de cargos públicos, entre os quais os deputados estaduais, caracterizando a circulação no poder. E a segunda da qualidade da renovação, já que os poucos nomes que forem efetivamente “novos”, no sentido de que nunca ocuparam cargo público ou eletivo, serão pastores das igrejas evangélicas, policiais linha dura ou parentes dos políticos tradicionais, sinalizando um aumento das bancadas evangélica, da bala e de parentes.
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A reeleição de políticos que não corresponderam às suas promessas está e sempre esteve nas mãos dos eleitores, portanto pensemos seriamente e com clareza para não incorrermos em erros passados em outubro. Se houver reincidência, a culpa é nossa.